avenida_aliadosO “Boulevard” do Porto celebra 100 anos em 2016 e a data não vai passar indiferente à cidade e à Universidade. Como forma de assinalar o centenário do lançamento da obra da Avenida dos Aliados (Avenida das Nações Aliadas), a Câmara Municipal do Porto e a Fundação Marques da Silva (FIMS) promovem no próximo dia 1 de fevereiro, segunda-feira, uma sessão comemorativa no átrio dos Paços do Concelho, ponto de partida para um conjunto de eventos que se vão prolongar ao longo do ano.

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Pormenor do projeto de embelezamento da cidade do Porto para servir de edificação dos novos Paços do Concelho, da autoria de Carlos de Pezerat, 1889. (Imagem: CMP) [clicar para ver imagem aumentada)

Foi precisamente a 1 de fevereiro de 1916 que o então Presidente da República Bernardino Machado assistiu à remoção da “primeira pedra” do palacete barroco da Praça da Liberdade (Praça de D. Pedro) que passara a acolher a Câmara em 1819. Este ato simbólico, realizado ao som da Portuguesa, entre girândolas de foguetes e vivas à jovem República e ao Presidente, marcou o início das demolições e expropriações necessárias para abrir o novo Boulevard e consolidar aquele que se afirma até hoje como o coração e centro cívico da cidade.

Este e outros episódios que marcaram a vida dos Aliados ao longo de um século serão recordados 100 anos depois, nos Paços do Concelho. Agendada para as 19h00 e com entrada livre, a  sessão contará com as intervenções do arquiteto Domingos Tavares (Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Arquitetura da U.Porto) e do historiador Gaspar Martins Pereira (Professor Catedrático da Faculdade de Letras da U.Porto), que abordarão a temática da formação do Centro Cívico do Porto. Na ocasião, José Eduardo Silva lerá alguns textos publicados na imprensa da época.

Esta sessão marcar o ponto de partida para um conjunto de iniciativas dedicadas ao Centenário da Avenida dos Aliados, a decorrer entre março e setembro deste ano. Pretende-se deste modo “evocar esse momento de revigoração urbana do Porto e resgatar as memórias de um longo e complexo processo, onde múltiplos personagens representaram um papel determinante para a sua definição e concretização”, anuncia a FIMS.

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