A Universidade do Porto acaba de ver aprovadas sete candidaturas ao abrigo da edição deste ano da Ação-Chave 1 do programa Erasmus+. Os projetos agora aprovados pela Comissão Europeia representam um financiamento superior a 4,5 milhões de euros, valor que vai permitir fomentar a mobilidade de mais de 1500 estudantes e pessoal docente e não docente, com instituições de todo o mundo, já este ano letivo.

A U.Porto será responsável pela coordenação de três destes projetos – Luso 22, Work4All e Mobile 22 -, a que corresponde a gestão de praticamente quatro milhões (3.899.000) de euros.

No total, estes três projetos vão financiar 1529 mobilidades de estudantes, recém-diplomados, docentes e técnicos da U.Porto em mais de 55 países em todo o mundo.

O “mapa” de destinos abarca grande parte da Europa, mas também países de África (Argélia, Cabo Verde, Egito, Marrocos, Moçambique e Senegal), América (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos) e Ásia (China, Coreia do Sul, Índia, Japão, Jordânia, Macau, Uzbequistão e Vietname).

A Universidade é ainda parceira em mais quatro projetos – UNorte, AULP, JAMIES e Merging Voices – cujo financiamento ascende aos 600 mil euros.

As mais-valias da mobilidade

Para Maria Joana Carvalho, Vice-Reitora para as Relações Internacionais, Responsabilidade Social e Desporto, “o número de fluxos e financiamento aprovados reflete todo o trabalho desenvolvido pela U.Porto no sentido de reforçar o seu processo de internacionalização e a sua visibilidade na Europa e no mundo, contribuindo igualmente para a disseminação da excelência promovida pelo próprio Programa Erasmus+”.

No ano em que o Programa Erasmus celebra 35 anos, a Vice-Reitora destaca também as mais-valias que a participação em ações de mobilidade traz aos membros da Universidade. Uma experiência que, no caso dos estudantes e recém-diplomados, permite “acrescentar à formação de excelência que a Universidade lhes proporciona algo que os torne únicos e os dote das competências e soft skills necessárias para serem bem-sucedidos académica e profissionalmente”.

Para além de permitirem “fortalecer as relações de cooperação estabelecidas com centenas de Instituições de Ensino Superior”, estes projetos representam também uma oportunidade para os técnicos e docentes da Universidade “obterem formação no estrangeiro, partilharem boas práticas e experiências”. Algo que, para Maria Joana Carvalho, “se vai traduzir em impactos muito positivos para a U.Porto ao nível, por exemplo, da inovação pedagógica e curricular da oferta formativa”.

Erasmus para todos

A U.Porto viu igualmente aprovada a sua candidatura a 15 Programas Intensivos Mistos (BIPs) que vão permitir a implementação de, pelo menos, 300 mobilidades mistas. Os participantes vão realizar parte da mobilidade online e terão também uma componente presencial (com uma duração entre cinco a 30 dias) a decorrer no Porto.

Os BIPs representam uma nova forma de colaboração internacional financiada através do Programa Erasmus+ que permite a criação de programas inovadores e especializados em todas as áreas de estudo.

Para Maria Joana Carvalho, “esta nova oportunidade é valiosa para grupos de estudantes de contextos mais “desfavorecidos” que contam com menor acesso à possibilidade de realização de uma mobilidade internacional “tradicional”/de longa duração e contribui para a criação de um Programa Erasmus+ cada vez mais inclusivo”.

“A U.Porto vai trabalhar afincadamente na divulgação das oportunidades que estão disponíveis para a sua comunidade académica e garantir que os participantes selecionados tenham uma experiência bem-sucedida a diversos níveis”, conclui a Vice-Reitora.