A revista científica Proceedings of the Institution of Civil Engineers – Maritime Engineering, que conta com um considerável impulso científico do Grupo Marine Energy, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), e da Secção de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade da Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), surge em primeiro lugar no ranking da Clarivate Analytics (Web-of-Science), na categoria de “Ocean Engineering”, obtendo igualmente classificações relevantes nas categorias de ”Civil Engineering” e de ”Water Resources”.

Na base do crescimento assinalável da publicação dentro deste ranking associado à engenharia oceânica está o contributo dos investigadores da U.Porto e uma mudança de paradigma no âmbito das energias renováveis.

 “O Marine Energy Group do CIIMAR deu contributos muito valiosos à revista. Não só pelas revisões de excelência que alguns dos nossos colaboradores fazem, como pelos números especiais que ajudaram a editar, nomeadamente os que foram editados em conjunto com o Professor Francisco Taveira Pinto e o Professor Paulo Rosa Santos”, destaca Tiago Ferradosa, investigador do grupo Marine Energy do CIIMAR e da Secção de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente do Departamento de Engenharia Civil da FEUP, que é também  desde 2018 membro do painel editorial da Maritime Engineering

Para o também Editor Chefe da revista, “alguns destes números especiais tiveram imensas citações e o grupo tem sido inexcedível no seu compromisso em ajudar a revista a providenciar aos seus leitores artigos de qualidade provenientes de diversos pontos do mundo.”

 Novos paradigmas, novos desafios

Os grandes desafios atuais nas áreas da energia marinha, dos recursos marinhos e das ciências do mar parecem estar a afinar a excelência da investigação e a direcioná-la para uma perspetiva global e interdisciplinar que caracteriza os principais trabalhos do CIIMAR.

Segundo Tiago Ferradosa, “a comunidade científica e profissional, que trabalha no âmbito da engenharia e das ciências do mar, enfrenta atualmente desafios de grande complexidade que requerem uma visão cada vez mais holística e de pró-sustentabilidade na forma de resolver e atuar sobre esses mesmos desafios”. Aspetos que “refletem-se na investigação e nos trabalhos publicados com maior grau de sucesso!”.

Neste âmbito, “o grupo Marine Energy do CIIMAR tem feito contribuições científicas muito relevantes ao nível da engenharia costeira, das “nature-based solutions”, da energia do mar e da engenharia offshore, com muita aceitação por parte da comunidade científica”

“Penso que estas coisas não acontecem por acaso e estou certo de que o grupo vai dar continuidade a este trajeto e que é apanágio da qualidade da investigação que todo o CIIMAR desenvolve nesta área” remata o investigador.

Sobre a revista

Pertencente à Institution of Civil Engineers (ICE), do Reino Unido, a  Proceedings of the Institution of Civil Engineers – Maritime Engineering aposta na publicação e divulgação de artigos técnicos, revisões e casos de estudo nos domínios da engenharia e hidráulica marítima, costeira e portuária. Apesar de a sua estrutura ser mais pequena do que as grandes editoras, o foco na qualidade está na base do seu sucesso e justifica a recente classificação.

“Desde 2018 que temos vindo a fazer um longo trajeto de publicar poucos artigos mas de elevada qualidade. Acreditamos piamente que a qualidade e novidade dos artigos é o fator distintivo na qualidade das revistas”, explica Tiago Ferradosa.

Além de alguns números especiais, focados em temáticas de vanguarda dentro das energias renováveis oceânicas, a revista tem vindo a apostar em trazer cada vez mais casos de estudo reais, fazendo jus à própria génese da Maritime Engineering, que sempre se caracterizou por ter estudos muito práticos.

“Em certa medida, foi bom saber que estes esforços deram os seus frutos, mas eles são acima tudo o resultado de uma equipa editorial e de revisores extraordinária, e claro, o resultado do ótimo trabalho de todos os autores. Afinal de contas são eles que, de certo modo, fazem a revista”, finaliza.