Foi assinado no passado dia 30 de junho o protocolo que formaliza a doação do acervo de Francisco Granja (1914-1988) à Fundação Marques da Silva. São centenas de registos de projeto (peças desenhadas e escritas), fotografias e revistas de arquitetura e urbanismo a documentar o percurso de um arquiteto que foi discípulo de José Marques da Silva e que se junta assim a outros grandes nomes da arquitetura portuguesa que também confiaram a sua “memória” documental à FIMS.
Natural da freguesia de Souzelo, Cinfães, Francisco Granja ingressou na Escola de Belas Artes do Porto – antecessora das atuais faculdades de Arquitetura (FAUP) e de Belas Artes (FBAUP) da Universidade do Porto – em 1929, tendo concluído o curso de Arquitetura em 1940.
Das muitas obras projetadas ao longo da sua carreira, destaca-se a do CineTeatro Vale Formoso (1944) ou da Garagem da Peugeot, no Porto, obras expostas na Exposição de 53, ou o conjunto de edifícios residenciais para a rua António José da Costa, também na Invicta.
A documentação doada já está a ser alvo de tratamento arquivístico e de ações de conservação e restauro, tendo em vista a sua futura disponibilização.
Sobre a Fundação Instituto José Marques da Silva
Instituída pela Universidade do Porto em 2009, a Fundação Instituto José Marques da Silva (FIMS) tem como missão a classificação, preservação, conservação, investigação, estudo e divulgação de todo o património artístico e arquitetónico do arquiteto José Marques da Silva.
Compete-lhe ainda a promoção do acervo literário, artístico, arquitetónico e urbanístico dos arquitetos Maria José Marques da Silva Martins e David Moreira da Silva, bem como o acolhimento de outros fundos ou unidades documentais relativos à arquitetura e ao urbanismo portuense e português. Entre estes contam-se, por exemplo, os acervos pessoais dos arquitetos Fernando Távora, Alcino Soutinho, José Carlos Loureiro, ou, mais recentemente, Fernando Lanhas.