Não tem como não ver. É uma peça que se ergue, imponente, perante o olhar dos mais distraídos. O Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) decidiu recordar a importância do movimento e, para tal, elegeu o esqueleto de um cavalo como peça do “Breviário” do mês de abril. Para conhecer durante todo o mês, no átrio de entrada do edifício da Reitoria da U.Porto.

Sendo o tema do mês o movimento (e o desporto), Rita Rocha, Curadora da Coleção Osteológica (ramo da anatomia que estuda a estrutura, forma e desenvolvimento dos ossos e das articulações) do MHNC-UP, elegeu como peça do mês um esqueleto de cavalo andaluz. Tanto o esqueleto (a sua estrutura) como a espécie em si, o cavalo, estão intimamente ligados com o movimento e, até, com o desporto.

Esta peça apresenta o esqueleto de um Equus caballus em todo o seu esplendor, com a distribuição da ossatura na posição natural. Uma composição que evidencia como “todos os ossos estão intimamente ligados entre si”. É, então, este “sistema esquelético que nos permite dar equilíbrio e sustentação ao corpo”. Um sistema que se conjuga “com outras estruturas do corpo, como os músculos e as articulações”, resultando na dança dos movimentos.

O esqueleto de cavalo (Equus caballus) pertence à Coleção Osteológica do MHNC-UP.

Quer “em cenários de guerra”, como recorda Rita Rocha, mas também “na disseminação das diferentes línguas e no desenvolvimento da economia”, o cavalo é uma espécie que, durante toda a sua domesticação, “revolucionou a movimentação humana”.

A espécie que estará em exibição ao público pertence à Coleção Osteológica do MHNC-UP, uma coleção que tem por objetivo a preservação dos ossos. A peça foi adquirida pelo Museu para se fazer cumprir a representação da espécie.

Todos os meses, o MHNC-UP seleciona uma das peças das suas reservas, abrindo, assim, uma janela para os tesouros que elas albergam. Para vê-las, basta entrar no átrio do edifício da Reitoria da U.Porto (Praça Gomes Teixeira), e contemplar uma ou várias peças provenientes do espólio do MHNC-UP.

Os mais curiosos são ainda convidados a apontar o telemóvel para o QR Code situado junto à(s) peça(s) em exposição e ficar a conhecer o/a respetivo/a curador/a e as histórias que tem para contar.

Quem quiser conhecer “os bastidores do museu” pode também inscrever-se e fazer uma visita às reservas do MHNC-UP.