Os trabalhos de requalificação no Estádio Universitário do Porto, iniciados a 9 de abril de 2019, vão de vento em poupa e as cores verdes são agora predominantes. As obras estão na fase terminal e as mudanças são notórias no complexo que preenche, desde 1953, uma área de 2900 m2 em terrenos vizinhos à Ponte da Arrábida, em pleno Campo Alegre. Ainda assim, quem entrar no histórico Estádio vai perceber que entrou num novo espaço desportivo da cidade, disponível a toda a comunidade académica.
E se o campo relvado já ganhou forma, também as redes de infraestruturas e pavimentações exteriores permitem agora um melhor acesso e circulação dentro do complexo. Pronto para receber todos os utilizadores e visitantes está igualmente o novo parque de estacionamento.
A requalificação do Estádio Universitário do Porto, um dos três do país a par com os de Lisboa e Coimbra, está a ser seguida de perto e com entusiasmo pela Universidade do Porto. “Estamos a acompanhar o desenvolvimento desta obra com bastante proximidade porque de facto é uma obra emblemática para a Universidade do Porto”, explica a Pró-Reitora com os pelouros do Desporto e Qualidade de Vida, Joana Carvalho.
A conclusão desta primeira fase – que teve um custo total de cerca de 2,5 milhões de euros, suportado na totalidade pela U.Porto – “trará uma dignidade há muito desejada para este espaço“. Estamos em crer que deixará muito felizes todos aqueles que ao longo destes anos acompanharam e usufruíram destas históricas instalações desportivas”, reforça a Pró-Reitora.
“Condições de excelência para a prática desportiva”
O Centro de Desporto da U.Porto (CDUP-UP), organismo da U.Porto responsável pela gestão deste espaço, teve no ano transato cerca de 8500 inscritos no seu programa de desporto (UPFit), registando-se mais de 160 mil utilizações.
Com a reabertura deste “novo” complexo, “pretende-se ter ainda mais estudantes e membros da comunidade académica a fazer atividade física”, realça o diretor do CDUP-UP, Bruno Almeida, para quem a concretização desta obra “dota este pólo da U.Porto de condições de excelência para a prática desportiva, que é essencial para cumprir esse objetivo”, acrescenta.
“No entanto”, ressalva Joana Carvalho, “sabemos que o trabalho ainda não está finalizado”. Em preparação está já a segunda fase da intervenção, que “terá como principal foco a reabilitação da bancada”.
A data de reabertura do Estádio Universitário ainda não está definida, mas a conclusão da obra aproxima-se do fim.
Mais do que um estádio
Inaugurado oficialmente a 28 de abril de 1953, o Estádio Universitário do Porto, que originalmente incluía um campo de futebol, pista de atletismo e bancadas, sofreu vários melhoramentos nos anos seguintes, incluindo a construção, na década de 60, de dois pavilhões polidesportivos anexos.
Contudo, após essa data, o complexo foi alvo de pouco ou nenhum investimento, tendo chegado aos primeiros anos do século XXI em estado de quase abandono. A degradação acelerada das instalações tornou praticamente impossível a disponibilização das instalações para a prática desportiva pela comunidade académica ou a realização de qualquer tipo de evento desportivo oficial.
O espaço manteve-se neste estado de subutilização até 2013, ano em que a U.Porto reassumiu a gestão do espaço (até então nas mãos da associação privada CDUP). Iniciou-se então um programa de recuperação dos espaços e equipamentos. Desse esforço resultou já a reabertura ao público dos dois pavilhões existentes no complexo, fruto de um financiamento de 400 mil euros, totalmente custeado pela Universidade.