Arranca esta quinta-feira, dia 12 de setembro, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), mais uma edição do “YES Meeting”, o mais antigo congresso de estudantes das áreas biomédicas em Portugal. Até domingo, os mais de 500 participantes vão ter a oportunidade de debater e partilhar conhecimentos na presença de diversos especialistas nacionais e internacionais em áreas como a Biotecnologia, a Cardiologia ou a Saúde Mental.
No primeiro dia do congresso, o destaque vai para a participação de John van der Oost, especialista em microbiologia que, em 2018, venceu o prémio Spinoza – uma das maiores condecorações atribuídas a trabalhos científicos. O médico holandês ficou conhecido por ter sido um dos fundadores e pioneiros de uma técnica capaz de alterar o DNA de forma mais rápida, simples e eficaz do que outras técnicas então conhecidas.
Também no dia 12, e para falar de Saúde Mental, Clare Gerada irá abordar os problemas relacionados com o stress no dia-a-dia dos profissionais de saúde, e dos cada vez mais frequentes casos de burnout na comunidade médica. A especialista inglesa foi considerada em 2013 uma das 100 mulheres mais influentes do Reino Unido pela BBC Radio 4.
O segundo dia do YES Meeting começa com uma sessão dedicada à apresentação das mais recentes inovações no campo da cirurgia. Ugo Boggi, o primeiro cirurgião a realizar um transplante pancreático robótico e um dos nomes mais experientes e reconhecidos no campo da cirurgia robótica, terá a sua sessão às 9h00. Outros dos nomes a destacar na edição deste ano é o de Franz-Ulrich Hartl, vencedor do Prémio Lasker em 2011. O médico alemão foca o seu trabalho nos mecanismos subjacentes às doenças neurodegenerativas, tal como a Doença de Parkinson. Haverá também sessões com especialistas de outros temas como a Biologia Molecular, Biotecnologia, Cardiologia e Neurociências.
“A partilha de conhecimentos é uma mais valia para todos”
A edição deste ano do YES Meeting regista um número recorde de participantes estrangeiros, oriundos de 23 países diferentes. Para Mariana Leal, presidente da comissão organizadora, “a partilha de conhecimentos e experiências com estudantes de múltiplas áreas e nacionalidades revela-se uma mais valia para o desenvolvimento profissional e pessoal de todos. Sentimos que temos o dever de proporcionar aos estudantes um evento em que a experiência científica se cruza com a necessidade de evolução das áreas biomédicas”, adianta a estudante da FMUP.
O programa integra também um total de 59 workshops, onde os participantes vão ter a oportunidade de praticar suturas, corrigir fraturas da coluna em modelos reais ou percorrer algumas das etapas do processo de investigação forense, entre outros.
Totalmente organizado por estudantes da FMUP, o YES Meeting possibilita ainda que cerca de 200 universitários apresentem os seus trabalhos de investigação, aos quais atribui um total de 7 mil euros em prémios de incentivo.
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