Teresa Lago, antiga professora da Faculdade de Ciências (FCUP) e fundadora do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), é a vencedora do Grande Prémio Ciência Viva Montepio 2018, galardão entregue anualmente pela Ciência Viva e pelo Montepio a personalidades e instituições que se destacaram pelo seu mérito excepcional na promoção da cultura científica em Portugal.
Em comunicado, a Ciência Viva justifica a escolha da astrónoma e atual secretária-geral da União Astronómica Internacional (UAI) “pela sua ação notável na promoção da cultura científica enquanto professora, investigadora, autora e divulgadora no campo da astronomia“.
Pioneira nos domínios da astronomia moderna e da astrofísica em Portugal, Teresa Lago doutorou-se em Astrofísica pela Universidade de Sussex, no Reino Unido (1979). Seria contudo na U.Porto que viria a desenvolver toda a sua atividade docente e de investigação, tendo ajudado a criar, na FCUP, a primeira licenciatura em Astronomia em Portugal (1983). Fundadora – em 1989 – e primeira diretora do CAUP (atualmente integrado no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço), foi ainda responsável pelo projeto para o Planetário do Porto, inaugurado em 1998.
Teresa Lago é membro da Royal Astronomical Society e integrou os painéis de conselheiros da Sociedade Astronómica Europeia, da Agência Espacial Europeia e da Comissão Europeia (DG XII). Em 2005, foi uma das 22 personalidades europeias escolhidas para membro fundador do conselho científico do Conselho Europeu de Investigação (ERC). Em agosto passado, assumiu funções como secretária-geral da UAI, a maior organização de astronomia do mundo.
Para além de Teresa Lago, os Prémios Ciência Viva Montepio 2018 distinguiram ainda o professor Filipe Ressurreição e o realizador de rádio Edgar Canelas nas categorias de Educação e Media, respetivamente.