Victor Freitas iniciou o seu percurso na área da Química em 1988 como estudante da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).
Hoje, 26 anos depois, Victor Freitas destaca-se a nível internacional como líder do grupo de “Química Alimentar” do Centro de Investigação em Química da Universidade do Porto (CIQ-UP), que venceu o prémio “Food Chemistry Research Article of the Year Award 2013”. O galardão foi atribuído pela American Chemical Society, responsável pela edição de algumas das revistas científicas de química mais reputadas em todo o mundo.
Presidente do Departamento de Química e Bioquímica da FCUP desde Abril de 2012, Victor Freitas é, também, autor de mais de 150 artigos científicos indexadas à SCI, vários capítulos de livros e comunicações orais convidadas em congressos nacionais e estrangeiros e supervisor de 10 estudantes do Doutoramento, e vários estudantes de Pós-Doutoramentos e Mestrado.
Naturalidade?
Fafe
De que mais gosta na Universidade do Porto?
Da sua excelência, extensiva a todas as suas 14 unidades orgânicas e vertentes das respetivas missões: do ensino à investigação, contando com o elevado profissionalismo de todos os seus membros, em muito contribuindo para o reconhecimento internacional do mérito ímpar da UP nas mais diversas áreas do conhecimento.
De que menos gosta na Universidade do Porto?
Do défice de ligação e de sinergia entre as diferentes Unidades Orgânicas da UP, pelo menos em algumas áreas do conhecimento. E também considero haver um peso excessivo de tarefas e responsabilidades “administrativas” que recaem sobre docentes e investigadores da UP.
Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Estabelecer canais próprios e programas de incentivo para promover o cruzamento de competências entre as Unidade Orgânicas. Desburocratizar e descentralizar.
Como prefere passar os tempos livres?
Caminhar, jogar squash, desportos de inverno, ler, ouvir música, ver filmes e jardinagem.
Um livro preferido?
Não tenho preferências e sou muito eclético, o último que acabei de ler “O Professor” de Frank MacCourt que fala sobre relações humanas entre professor e alunos.
Um músico / disco preferido?
Grupos que marcaram a minha juventude como os Pink Floyd com “The Dark Side of the Moon” e “The Wall” e ainda os The Doors.
– Um prato preferido?
A escolha mais difícil … bacalhau, das 1001 maneiras que sabemos cozinhá-lo, com mestria ímpar, em Portugal.
– Um filme preferido?
Dois filmes cujos nomes se complementam mas que são completamente diferentes: “O Piano” dirigido por Jane Campion e “O Pianista” de Roman Polanski.
– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?
Viagem realizada a Kangaroo Island, localizada na costa do sul da Austrália.
Um objetivo de vida?
Profissionalmente, contribuir para uma boa formação dos nossos licenciados e dar um contributo importante para o avanço do conhecimento no domínio da ciência alimentar.
Uma inspiração?
Edwin Haslam, Professor da Universidade de Sheffield e que faleceu recentemente.
Uma descoberta que gostasse de fazer?
Tendo como base as ideias advogadas há mais de 2500 anos por Hipócrates, pai da medicina, que “Somos aquilo que comemos” e “Que o vosso alimento seja o vosso primeiro medicamento”, gostaria de descobrir novos compostos nos alimentos que ajudem a promover o bem estar da pessoas, a desfrutar de uma refeição saudável e,sobretudo, a prevenir algumas das doenças do século XXI, como as doenças neurodegenerativas e o cancro.