Apesar de se ter licenciado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) em 1993, Margarida Rocha é uma alumna que mantém uma relação próxima com a Universidade do Porto. A psicóloga especializada em Consulta Psicológica de Jovens e Adultos colabora com a faculdade como orientadora de estágios curriculares de Mestrados em Psicologia e, em parceria com a Universidade e a Câmara Municipal do Porto, tem orientado o trabalho voluntário de estudantes universitários que prestam apoio tutorial a alunos do ensino básico.
Logo após a licenciatura, iniciou funções em Serviços de Psicologia e Orientação na zona norte do país, tendo regressado à sua cidade e às escolas do Porto em 1998. Atualmente trabalha no Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa e publica com regularidade textos que abordam as temáticas com que lida diariamente e que se têm revelado orientadores de boas práticas na educação.
A escrita sempre fez parte da vida de Margarida Rocha que, em julho de 2014, concretizou o sonho de publicar o seu primeiro romance: Alecrim, Intimidades, Segredos e Emoções. Editada pela Chiado Editora, é uma obra onde a autora se revela numa escrita simples, transparente e de cariz autobiográfico, no sentido em que reflete problemáticas, resoluções e sonhos que marcam o seu quotidiano pessoal e profissional.
Os contos que vai publicando no seu blogue “Alecrim” apresentam-se quase sempre num tom coloquial, fortemente marcados por uma vertente conversacional, dialógica, relacional, onde as narrativas são construídas a partir de sujeitos simultaneamente reais e ficcionais. Quem os lê facilmente se identifica com algum excerto ou mesmo com o todo e retira ilações promotoras de reflexão e ajustes nas condutas individuais, no sentido da procura do equilíbrio psicológico e da construção de felicidade.
– Naturalidade? Porto,
-Idade? 47 anos.
– De que mais gosta na Universidade do Porto?
Das pessoas que, trabalhando na U.Porto, têm demonstrado um grande valor científico e humano.
– De que menos gosta?
Não simpatizo com as tradições académicas que, de alguma forma, propiciam comportamentos mais descontrolados, destrutivos ou humilhantes.
– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Dar mais a conhecer os projetos desenvolvidos e ampliar, sempre que possível o foco das intervenções.
– Como prefere passar os tempos livres?
Passear em família, conhecer locais novos e dá-los a conhecer aos meus filhos. Ler, escrever, ir ao cinema…
– Um livro preferido?
Vários… A Catedral do Mar, de Ildefonso Falcones, A Solidão dos Números Primos, de Paolo Giordano, e, lidas há mais tempo, as obras de Hall Caine, de Virgínia Woolf, de Florbela Espanca ou de Eça de Queirós.
– Um disco/músico preferido?
Também aqui se torna difícil escolher um único…. Gosto de quase todo o trabalho dos U2, do Sting, do Lloyd Cole. Dos nomes portugueses destaco os de Rodrigo Leão e Pedro Ayres Magalhães.
– Um prato preferido?
Legumes grelhados e saladas frescas, bem coloridas.
– Um filme preferido?
O fabuloso destino de Amélie.
– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?
Adoro voltar a Itália. Visitei já várias cidades italianas, por razões pessoais e profissionais. É um país onde não me importaria de viver. Penso que nunca me cansaria de admirar a arquitetura e a arte de Florença, Veneza, Roma e sinto-me feliz nas paisagens mais bucólicas da Toscana ou do Marche.
– Um objetivo de vida?
Proporcionar aos meus filhos os alicerces para serem e virem a ser sempre felizes.
– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)
A minha avó materna, peça fulcral na formação da pessoa que sou.
– O projeto da sua vida…
Construir sempre redes sociais saudáveis e promotoras de segurança para os que me são próximos e para todos os outros que consiga de alguma forma tocar.