Desde cedo que Luís Gomes quis ser Engenheiro Informático. Prova disso foi ter ingressado num curso tecnológico de Informática no ensino secundário já com os olhos postos no futuro. Mas parece que a vida lhe trocou as voltas. Após uns tempos como investigador na área de Data Mining, já com a tese do mestrado em Engenharia Informática e Computação da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) concluída, Luís rumou à área que sempre o fascinou: o humor, especialmente o negro, aquele com o qual “toda a gente diz que não se deve brincar”.

Dos pequenos palcos de stand-up comedy saltou para o line-up do festival Marés Vivas, em 2016, seguindo-se a integração em equipas de guionistas de vários espetáculos e sketches, assim como a coautoria de rubricas de humor com vários artistas portugueses de renome.

Ainda que o código e a programação não estejam nos seus planos para o amanhã, o alumnus da FEUP permanece ligado à Engenharia. Com as atividades culturais em pausa durante o período de pandemia, confessa que acabou por dedicar horas como freelancer à informática, essa velha e grande amiga da qual não se esquece. Por muito que o humor fale mais alto.

Aviso ao leitor: o texto que se segue contém humor, sarcasmo e sátira.

– Naturalidade? Pinhão, Vila Real.

– Idade? 30 anos. (Meu Deus…)

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Da oferta multidisciplinar que oferece aos estudantes, e do contínuo estímulo à inovação e criatividade. E de não haver faltas nas aulas teóricas – no meu tempo não havia, espero que não tenham estragado isso entretanto. Pequenada que pensa agora em entrar na Universidade: se estiverem a ler isto, as aulas teóricas são muito importantes, atenção!

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

De haver faltas nas teórico-práticas.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Talvez diminuir o preço da cerveja. Ou trocar o plafond semestral nas impressoras por créditos em Super Bock. Sinto que estou a dar dicas bastante úteis ao próximo Reitor. Ao atual ou próximo Reitor, tenho muitas mais dicas para dar. Se precisar de um assessor, tem o meu contacto.

– Como prefere passar os tempos livres?

Ver séries, escrever ou passear a cadela. Mas também sou forte em inventar desculpas para não sair de casa.

– Um livro preferido?

Não é que seja preferido, mas talvez o que me marcou mais na altura – e sabendo que é um clichê – 1984 do George Orwell, pela incrível semelhança com a realidade.

– Um disco/músico preferido?

Já passei por tudo. Já tive a minha fase meia Punk (Sum 41, Greenday, The Killers, Panic at the Disco). Desde há uns anos a esta parte, estou mais em Samuel Úria, B Fachada, Miguel Araújo, ou Diabo na Cruz – O Lebre é incrível. E tenho um fraquinho por música pimba.

– Um prato preferido?

Moelas. Quem me dá um prato de moelas, dá-me tudo.

– Um filme preferido?

The Dark Knight (e quase todos do Christopher Nolan).

– Uma viagem de sonho?

Suécia, Dinamarca e Avintes (só lá fui uma vez, comprar broa).

– Um objetivo de vida?

Ter direito a receber reforma antecipada a 100% aos 35.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

O meu filho… Estou a brincar, não tenho filhos. Talvez a minha cadela. Pela capacidade de fazer cocó em qualquer lado e continuar a sua vida como se não fosse nada com ela.

– O projeto da sua vida?

Não diria que sejam “projetos de vida”, mas escrever uma série, ter e escrever um talk-show e voltar a ter/escrever uma rubrica de rádio.

– Uma ideia para promover uma maior ligação entre a Universidade e a comunidade?

Talvez ouvir mais a comunidade. As Associações de Estudantes não podem ser o único veículo mensageiro entre as Universidades e a comunidade. Tem, também, que haver um esforço da parte das Universidades para chegar à comunidade. Isso, e diminuir o preço dos finos, como já mencionei.