Leonid KholkineNão foram precisas muitas aulas no curso de Engenharia Eletrotécnica e Computadores na Faculdade de Engenharia (FEUP) para que Leonid Kholkine percebesse que “estar parado” não era para ele. Encontrou o seu caminho no BEST (Board of European Students of Technology), grupo onde teve a oportunidade de trabalhar com estudantes de tecnologia de todo o mundo. Mais recentemente, assumiu a vice-presidência do Clube de Empreendedorismo da Universidade do Porto e coordenou a primeira edição do TEDxUniversityofPorto.

Natural de São Petersburgo (Rússia),  “Leon” – como é conhecido – ingressou na FEUP em 2005. “Pouco tempo depois de entrar, reparei que queria ‘apenas’ fazer o meu curso, e então procurei onde é que poderia dar o meu contributo”, recorda. A resposta estava ali ao lado, no grupo local do BEST Porto, onde “a possibilidade de conhecer e trabalhar com estudantes de tecnologia de outras culturas e países” o levou a envolver-se na organização de eventos e na própria gestão do organismo. Para não mais parar. “O meu percurso no BEST foi muito longo, incluindo ter tirado um ano para estar na direção internacional e ter a possibilidade de dirigir uma organização internacional com mais 3500 membros”, conta.

Foi também no BEST que este adepto de blues e de francesinhas se estabeleceu como formador em competências pessoais, percurso que, em 2013, culminou na fundação da getSkilled, que tem como missão “desenvolver as competências pessoais dos estudantes que muitas vezes não são desenvolvidas em salas de aula”. No caminho, nova descoberta: “estivemos a olhar para a U.Porto e apercebemos que há muito conhecimento, ideias e experiências que acontecem dentro da Universidade, mas infelizmente a comunidade universitária não tem como aproveitar isso”.

A resposta para esta inquietação surgiu já em 2015, com a organização da primeira edição do TEDxUniversityofPorto, evento que ambicionava “ligar pontos entre o que existe na Universidade e dar aos participantes a possiblidade de conhecer outras realidades e aprender com isso”. Contas feitas, “ainda estamos a recolher opiniões dos participantes, oradores e toda gente que ajudou com o evento, mas daquilo que temos ouvido, o evento foi sem dúvida um sucesso”. Tanto que a próxima já está marcada na agenda: 29 de outubro de 2016. Até lá, Leonid promete ainda partilhar os livros de Engenharia com o cargo de vice-presidente do Clube de Empreendedorismo da Universidade do Porto (CEdUP), onde “estamos a trabalhar para aproveitar todo o ecossistema empreendedor da Universidade e criar ligações”.

Naturalidade?

São Petersburgo, Rússia.

Idade?

28 anos.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Da diversidade do conhecimento e experiência que existe.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Infelizmente há muita distância entre as faculdades (seja físico ou não) e o ponto forte que mencionei em cima não é aproveitado tanto como poderia ser.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Ter mais iniciativas inovadores para que a Universidade toda poderia aproveitar.

– Como prefere passar os tempos livres?

Gosto de fotografia, culinária e fazer caminhadas (especialmente nas montanhas).

– Um livro preferido?

O Alquimista, Paulo Coelho.

– Um disco/músico preferido?

Varia muito com a minha disposição – vai desde jazz/blues até rock mais pesado.

– Um prato preferido?

Para quem gosta de culinária, é muito difícil escolher. Mas como gosto tanto do Porto – Francesinha!

– Um filme preferido?

“O Labirinto de Fauna”, “O Discurso do Rei” e “The Fountain”.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Gostava de realizar o transiberiano e visitar a Asia.

– Um objetivo de vida?

Criar um impacto nas pessoas e na comunidade onde estou inserido.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

Para mim são as coisas pequenas que são feitas ou ditas por outras pessoas.

– Uma ideia para promover a união entre a comunidade U.Porto?

Ser curioso e despertar curiosidade nos outros! Há muita coisa que acontece pela Universidade do Porto e há muitos canais para isso. Basta saber onde ouvir. Por outro lado, a inovação não tem que ser só tecnológica, também é possível inovar na comunicação e nas atividades que são realizadas. Por norma isso é que vai despertar a curiosidade.