Diogo CruzA viver com o objetivo de mudar o mundo, Diogo Cruz não se fica apenas pelas palavras. O sonho de ver os outros sorrirem é o mote para o trabalho diário deste estudante da Faculdade de Economia da U.Porto (FEP) que foi um dos vencedores da primeira edição do Prémio Cidadania da Universidade do Porto.

Com 22 anos, Diogo frequenta o último ano do curso de Gestão na Faculdade de Economia do Porto, curso esse, que decidiu que só deveria completar em quatro anos de “forma a maximizar todas as oportunidades e a poder sugar toda o conhecimento e formação que o programa tem para oferecer”.

Em 2012, o estudante da U.Porto criou a U.DREAM, uma empresa baseada “na concretização de um sonho pessoal: ser capaz de mudar o mundo, como fazem os super-heróis nos filmes, mas aqui no mundo real, onde existe dor, onde existe sofrimento”.

Em menos de dois anos, a U.Dream conta já com 61 membros cuja a única remuneração vai do desenvolvimento pessoal até “ao agradecimento sincero de uma criança a quem o mundo esqueceu de sorrir”. Sendo uma das primeiras organizações de raíz solidária a obter auto-sustentabilidade, a U.DREAM criou um modelo de negócio que interliga quase 400 sócios U.Dreamers com 27 empresas da zona norte, sendo capaz de gerar descontos personalizados para os sócios, e um privilegiado acesso a esta base de dados por parte das empresas, sendo capaz, desta forma, de gerar maior consumo e reconhecimento das mesmas.

Nas palavras de Diogo Cruz, “retorno, sempre retorno é a máxima dos sonhadores. Numa nobre missão de tornar o conceito de solidariedade sustentável somos desta forma capazes de garantir que o número de sonhos concretizados não depende nem de variantes macroeconómicas externas, nem do número de gerentes solidários. Única e exclusivamente do impacto que nós, Sonhadores, pretendemos causar no nosso pequeno grande mundo”.

De que mais gosta na Universidade do Porto?

A heterogeneidade de cursos e de oportunidades, com a homogeneidade de excelência.

De que menos gosta na Universidade do Porto?

A ainda pouca receptividade de incubação de projetos e conquistas dos seus estudantes.

Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto? 

A criação da UPTEC foi uma cartada absolutamente fantástica, mas sugeria ser complementada com um regime de apoio e incubação de start-up´s, não só de foro tecnológico e técnico, mas também de empreendedorismo social.

Como prefere passar os tempos livres?

Não são um hábito muito frequente, mas sempre que existem procuro passá-los com os que mais me fazem sorrir. O que fazemos acaba por ser secundário desde que a companhia contribua ativamente para a nossa felicidade. Não existe nada melhor que família e amigos.

Um livro preferido?

A fórmula de Deus de  José Rodrigues dos Santos.

Um disco/músico preferido?

SOJA – Strengh to survive e Josh Groban.

Um prato preferido?

O de domingo ao almoço, em família.

Um filme preferido?

O Senhor dos Anéis!

Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)? 

Las Vegas é sem dúvida um sonho. Afinal, what happens in Vegas…

Um objetivo de vida?

 Ser pai! Sentir-me todos os dias realizado! Continuar a mudar o mundo! Nunca deixar de Sonhar! Ser FELIZ!

Uma inspiração? 

Os meus pais, desde sempre, para sempre.

Uma descoberta que gostasse de fazer?

A cura para o cancro. Era o homem mais feliz do mundo.

Uma ideia para promover as ações de cidadania como as que destacamos com o prémio da U.Porto?

De forma a promover algumas destas iniciativas acho que sinceramente devem pensar em não só congratulá-las quando atingem um resultado muito positivo, mas participar mais ativamente na sua idealização e implementação.

Com o país a atravessar esta actual crise, que só é em parte financeira, é cada vez mais díficil levantar um projeto inovador do zero. Mas toda a gente pode duvidar do impacto do que queremos fazer menos 2 entidades: nós mesmos, e quem nos ensinou a sonhar tão alto.