A 9 de dezembro de 1997, na antiga freguesia da Vitória, no Porto, nasce Catarina Borges. 24 anos depois, é a estudante mais jovem a obter um doutoramento na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), depois de já ter completado o Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica na mesma instituição.

Realizada em parceria com a Bosch, a tese final de Catarina Borges aborda problemáticas associadas ao projeto e à durabilidade das ligações adesivas utilizadas nos componentes eletrónicos produzidos pela multinacional alemã.

Foi sob a orientação de Lucas da Silva e Eduardo Marques, ambos professores do Departamento de Engenharia Mecânica da FEUP, que a agora doutora defendeu a tese, a 19 de julho deste ano. “A Catarina demonstrou uma excecional capacidade de resolução de problemas complexos e gerou conhecimento muito valioso, traduzido na elaboração de uma patente e de diversos artigos científicos”, refere Eduardo Marques.

Catarina Borges começa agora a sua viagem como investigadora no mesmo departamento que a viu crescer, pessoal e profissionalmente, exercendo ainda a componente letiva na Secção de Materiais e Processos Tecnológicos.

Catarina Borges defendeu a tese em julho deste ano. (Foto: DR)

– Idade? 24 anos

– Naturalidade? Vitória, Porto

– De que mais gosta na U.Porto?

Gosto das oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional dadas aos estudantes.

– De que menos gosta na U.Porto?

O facto de todas as faculdades serem distanciadas fisicamente provoca também um certo distanciamento de tópicos e assuntos, o que faz com que muitas vezes os estudantes só sejam confrontados com a sua faculdade ou áreas de conhecimento próximas da sua.

– Uma ideia para melhorar a U.Porto?

Promover uma interação mais próxima entre as várias faculdades e permitir aos estudantes uma formação ainda mais abrangente e rica, conseguindo frequentar unidades curriculares ou cursos/programas extracurriculares em várias áreas.

– Como prefere passar os tempos livres?

Gosto de passear, ler, de fotografia, passar tempo com amigos e família e, se o tempo livre for mais prolongado, viajar.

– Um livro preferido?

Eu gosto muito de ler. É uma atividade em que passo muito do meu tempo e é difícil para mim escolher só um livro ou autor. Entre os livros que li recentemente, posso destacar, incontornavelmente, José Saramago, Maria Judite de Carvalho e Ana Luísa Amaral.

– Música preferida?

Não tenho uma música/artista preferido e muda muito com o tempo. Para dar exemplos mais constantes: em termos nacionais, Ornatos Violeta e José Mário Branco, e internacionais, Jacob Collier e Foo Fighters para cantar no carro.

– Prato preferido?

Sushi.

– Um filme preferido?

Como nos outros tópicos, tenho alguma dificuldade em escolher um preferido. Um filme que me lembro que me marcou muito quando o vi pela primeira vez foi A Vida é Bela.

– Uma viagem de sonho?

As minhas viagens de sonho são todos os sítios onde ainda não fui. Espero ainda ter muito tempo para viagens e quero conhecer o máximo de culturas e países diferentes, mas gostava muito de ir à Islândia e ao Japão, por exemplo.

– Um objetivo por concretizar?

Tendo ainda 24 anos, tenho ainda muitos objetivos por concretizar e até por estabelecer. Gostava de conseguir ter um impacto positivo no mundo, mesmo que muito pequeno, e não deixar de fazer o melhor que posso de acordo com aquilo em que acredito.

– Uma inspiração?

Apesar de cliché, inspiram-me verdadeiramente as mulheres que, ao longo dos anos, tiveram de lutar por igualdade de oportunidades para eu poder estar na posição de responder a estas perguntas enquanto mulher doutorada.

– Um projeto de vida?

De um modo geral, estar realizada com o percurso que for escolhendo ao longo do tempo.