As raízes estão em Amarante, mas foi na cidade do Porto que Marcos Alves Teixeira, o novo presidente da Federação Académica do Porto (FAP), nasceu e cresceu. E foi na Universidade do Porto que despertou para o associativismo académico.
Tudo começa em 2014, quando ingressa na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e, nesse mesmo ano, é eleito vogal da direção da Associação de Estudantes da FFUP (AEFFUP). Aliás, todo o percurso no Ensino Superior do agora presidente da FAP está relacionado e tem corrido em paralelo com o associativismo estudantil, e é nele que vê a sua grande escola. Para Marcos “o canudo já não diferencia ninguém”, e é a componente extracurricular de um percurso académico “que molda o cidadão que cada estudante forma durante o ensino superior”.
Foi na AEFFUP, que apelida como a sua “casa-mãe”, que Marcos Alves Teixeira aprendeu o que é o associativismo, e onde aderiu ao princípio de agir pelo bem-comum. Para Marcos, “foi este grau de dedicação que fez com que conseguisse aprender a conciliar os estudos com a vida de dirigente associativo”.
Após três anos de intensa atividade na AEFFUP, onde foi vogal para a Comunicação e Imagem, vice-presidente para as Relações Externas e presidente da AEFFUP, aprendeu de tudo um pouco e deixou um legado de novos projetos que, ainda hoje, se replicam nos planos de atividades das direções daquela Associação.
Para Marcos Alves, um eterno promotor da participação cívica por dever e gosto, “as oportunidades de podermos intervir nas decisões referentes aos contextos sociais em que estamos inseridos são a maior arma para mudar o nosso mundo”. E foi com esse espírito interventivo que, em 2018, abraçou o desafio de pertencer à FAP como Secretário-Geral da Direção e, em 2019, assumiu o cargo de Tesoureiro da Direção. Em dezembro, foi eleito presidente da FAP cargo que, durante 2020, o vai colocar à frente dos destinos dos estudantes da Academia do Porto.
Naturalidade? Porto
Idade? 23 anos
– De que mais gosta na Universidade do Porto?
A diversidade de áreas da Universidade do Porto é uma característica muito pouco comum e que tem imenso potencial.
– De que menos gosta na Universidade do Porto?
Ainda existe um certo conservadorismo no “pensar a U. Porto” e em introduzir alterações necessárias na orgânica de funcionamento.
– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
A troca de conhecimento entre as UOs continua a ser insuficiente e muito pouco estruturada.
– Como prefere passar os tempos livres?
Sou um adepto de arquitetura e de fotografia, sempre que tenho tempo livre aproveito para juntar as duas.
– Um livro preferido?
É difícil. Mas o Evangelho Segundo Jesus Cristo é um dos que gostei mais de ler.
– Um disco/músico preferido?
Também muito difícil. Ultimamente tenho ouvido muito Kamasi Washington e David Bowie.
– Um prato preferido?
O arroz de cabidela da minha mãe.
– Um filme preferido?
Qualquer um do Wes Anderson.
– Uma viagem de sonho?
Nova Zelândia, a ilha sul.
– Um objetivo de vida?
Acho que mais do que qualquer coisa que possa querer ser ou ter, é ser feliz a fazer o que quer que venha a fazer.
– Uma inspiração?
A minha geração.
– Enquanto Presidente da FAP, que marca pretende deixar na Academia e na Universidade do Porto?
14 das Associações de Estudantes Federadas na FAP são da Universidade do Porto e muitas deles são fundadoras. É inegável a importância da Universidade do Porto na FAP e vice-versa. Há uma série de temas que gostava de ver discutidos de forma extensa e séria com a Universidade como a inovação pedagógica e a reformulação de alguns mecanismos de ação social. A cultura e a retribuição social são prioridades no próximo ano da FAP e a U.Porto pode ser um parceiro de valor. No final de tudo isto, o importante é que a FAP e a U.Porto mantenham um diálogo constante e produtivo, para que não haja problemas nem soluções esquecidas.