Trata-se de um caso em que da procura resulta, efetivamente, a pedra filosofal. Sendo que a pedra é literalmente fósforo, a partir de muitos litros de urina. O sonhador era o alemão Hennig Brandt (Hamburgo, 1630-1710) que, nas suas experiências de alquimia, utilizava abundantes quantidades de urina. Em 1669, das experiências surge, realmente, uma pedra luminescente, da qual irradiava uma luz fria. Chamou-lhe phosphorus (transportador de luz em grego antigo, que em latim se dizia lucifer). Este é o mote da peça de teatro Phosphorus (Entre Venús e Lúcifer), assinada por Manuel João Monte, professor associado jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP)

Apresentada no passado mês de março, na FCUP, a peça regressa agora à Faculdade de Ciências para uma representação por parte da TRUPE FCUP, grupo teatro amador da FCUP. O evento está marcado para o dia 19 de dezembro, às 15h30, no Auditório 0.41 do Departamento de Biologia.

Após a apresentação da obra publicada pela U.Porto Press, o grupo TRUPE FCUP levou a peça até Aveiro, onde protagonizou um momento cultural no VIII Encontro Internacional da Casa das Ciências.

Entre os intérpretes do grupo TRUPE FCUP, coordenado por Manuel João Monte, estão Cristina Carvalhinho, Eulália Pereira, Glauce Campos, Manuel Esteves, Paulo Farinha Marques e Rita Wiecha.

A entrada é gratuita e livre.

Sobre Manuel João Monte

É professor associado do Departamento de Química e Bioquímica da FCUP, onde leciona desde 1980. Jubilado em agosto de 2019, é atualmente professor convidado e coordena o grupo de investigação em Termodinâmica Molecular e Supramolecular do CIQUP, que Integra o Institute for Molecular Sciences (IMS).

Autor de vários artigos científicos em revistas internacionais com avaliação por pares, Manuel João Monte traduziu (a partir de manuscritos dos autores) as peças de “Ciência-no-Teatro” Oxigénio (2005), de Carl Djerassi e Roald Hoffmann, e Falácia (2011), de Carl Djerassi, ambas publicadas pela U.Porto Press.

É autor da peça de teatro O Bairro da Tabela Periódica (U.Porto Press, 2019) tendo sido galardoado, em 2021, com o prémio José Mariano Gago da SPA. Em 2020 escreveu a peça Arsenicum e, em 2021, Que Coisa é o Mundo, em coautoria com Sofia Miguens, também publicadas pela editora da U.Porto.