Os estudantes da formação contínua Património e Paisagem. Gestão, Análise, Projeto da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), estão a desenvolver propostas de revitalização para o núcleo central da Freguesia de Ramalde, onde ainda persistem diversos elementos da sua matriz pré-industrial. O trabalho resulta de um protocolo de cooperação formalizado entre a  Cátedra UNESCO “Património, Cidades e Paisagens. Gestão Sustentável, Conservação, Planeamento e Projeto, atribuída à Universidade do Porto através da FAUP, e a Junta de Freguesia de Ramalde.

A cerimónia de assinatura do protocolo, realizada no passado dia 4 de outubro, contou com intervenções da Presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, Patrícia Rapazote, e das docentes Teresa Cunha Ferreira e Maria Leonor Botelho, da FAUP e da Faculdade de Letras (FLUP), respetivamente.

Teresa Cunha Ferreira sublinhou a grande oportunidade de ter diferentes olhares sobre o património da Freguesia num sentido abrangente – material e imaterial, natural e construído, antigo e contemporâneo. A autarca realou também o facto de Ramalde ser a segunda maior freguesia da cidade do Porto com cerca de 39 mil habitantes, sendo a única Eco Freguesia do município, à qual se colocam os emergentes desafios do desenvolvimento urbano inclusivo e sustentável.

Presentes na cerimónia estiveram tambémos estudantes da formação contínua ‘Património e Paisagem. Gestão, Análise, Projeto’, lecionada pelos docentes Teresa Cunha Ferreira (FAUP), Maria Leonor Botelho (FLUP), Teresa Portela Marques (FCUP) e Xavier das Neves Romão (FEUP).

Os estudantes, oriundos de diferentes nacionalidades – Portugal, Brasil, Itália, França, Alemanha e Finlândia – tiveram oportunidade de fazer uma visita à área de estudo sobre a qual irão trabalhar no primeiro semestre do presente ano letivo.

A sessão incluiu ainda uma apresentação por Maria Beleza Juncal, mestre em Mestre em História da Arte pela FLUP, que desenvolveu o seu estágio curricular na Junta de Freguesia de Ramalde. Uma oportunidade que serviu para refletir sobre as importantes transformações urbanas operadas desde o século XIX e que foram obliterando a matriz rural do lugar, sobrepondo-se outras narrativas, validadas por um inquérito realizado à comunidade de Ramalde, marcadas pela presença industrial, empresarial, desportiva e residencial.