O curso era uma certeza – “queria Criminologia” – e definiu fatores como o “prestígio”, o lugar no “ranking nacional” e a “qualidade de ensino” para a escolha da instituição onde o ia fazer. Contas feitas, Raquel Figueiredo, estudante de 20 anos, natural de Viseu, acabou por escolher ingressar na Faculdade de Direito da Universidade do Porto (FDUP).
Apesar da vertente mais teórica do primeiro ano e de nem sempre perceber como se iria aplicar na prática, existiam sempre momentos que a “cativavam e despertavam” e, por isso, considera ter optado pelo “curso certo”. Sendo estudante deslocada, as atividades e convívios existentes nos espaços da U.Porto foram uma grande ajuda para superar o início do percurso numa nova cidade. Atividades tão variadas como assistir “a uma conferência sobre cibercrime” ou “a um jogo de futebol transmitido na Associação de Estudantes”.
Um início de que, Raquel Figueiredo, só se pode orgulhar, uma vez que o seu “esforço, empenho e dedicação” serão recompensados com a atribuição do Prémio Incentivo 2024. Com uma média de 18,2 valores no primeiro ano, a representante da Faculdade de Direito entre os 22 estudantes premiados assume que esta será uma lembrança para quando a “carga e exigência do trabalho aumentar”, e destaca o papel da mãe no seu sucesso.
Terminado um primeiro ano “desafiante”, a futura criminologista aconselha os futuros estudantes da U.Porto a dar sempre o seu melhor e a encontrar a forma de organização que melhor se adequa a cada um.
– O que te motivou a escolher a U.Porto?
Uma vez que queria Criminologia e frequentar uma universidade publica, só me restavam duas opções no país inteiro. Logo, pareceu lógico escolher a U.Porto devido ao seu prestígio, “ranking” nacional, qualidade de ensino, competência e sabedoria do corpo docente e da formação que proporciona aos seus estudantes que, de certa forma, permite um bom ponto de partida para a vida profissional. Como é obvio, sendo estudante deslocada, a localização da U.Porto foi um fator bastante importante a considerar, sendo esta a mais próxima da minha cidade.
– O que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?
Eu diria, acima de tudo, saber que escolhi o curso certo. Normalmente, em todos os cursos, o primeiro ano é sempre mais teórico e eu própria me questionei como é que era suposto aplicar na prática a teoria que íamos aprendendo, mas havia sempre algumas matérias que realmente me cativavam e despertavam o interesse por saber mais pela área.
Já para não falar do próprio ambiente da faculdade que proporcionou tanto atividades de convívio e de lazer como de aprendizagem. Resultando em muitas vezes estar a sair de uma aula às 17h00 e ter a possibilidade de ir assistir tanto a uma conferência sobre cyber-crime, crimes de ódio, sistemas prisionais, entre outros, como a um jogo de futebol que está a ser transmitido na associação de estudantes.
– Uma experiência para recordar do teu percurso na U.Porto até aqui?
Eu, pessoalmente, fui para a faculdade com uma ideia pré-concebida de que todos os professores iriam ser rígidos, extremamente exigentes e que nada iriam facilitar. Contudo, fui surpreendida pela positiva. Fui notando ao longo do ano que todos os docentes da faculdade têm um vasto leque de conhecimentos e de exigência. Por outro lado, tentam sempre extrair o nosso potencial permitindo sempre esclarecer qualquer dúvida relativa a trabalhos, matéria e saídas profissionais, sendo assim bastante acessíveis.
– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti e para o teu futuro?
Este prémio é uma grande motivação para os anos seguintes servindo como uma recompensa de todo o nosso esforço, empenho e dedicação colocado num ano de estudos. Mesmo sabendo que daqui para a frente a carga e a exigência do trabalho vai aumentar, este prémio vai sempre funcionar como uma lembrança de que, se consegui passar um ano de transição, entre secundário e universidade, longe de casa, então consigo de certeza dar o mesmo empenho que dei e passar todos os desafios que surgirão no futuro.
Mas, acima de tudo, este prémio permite ajudar a minha mãe que sempre se esforçou para me proporcionar com as melhores possibilidades que podia. Logo, com esta recompensa monetária, consigo aliviar, ainda que não em muito, algum peso que a minha mãe sempre carregou.
– Se tivesses de descrever a tua experiência na U.Porto numa palavra, qual seria?
Desafiante. Desafiante, mas num bom sentido pois mesmo quando eu duvidava das minhas próprias capacidades e pensava que se calhar não seria capaz de realizar certas tarefas da melhor forma possível ou de ter tempo para realizar tudo o que pretendia, eu chegava sempre a dar o melhor de mim e a surpreender-me com o que tinha atingido.
Para além disso, eu podia sempre questionar os professores com qualquer dúvida como também trocar ideias com os meus colegas o que me ajudou bastante a ultrapassar estes desafios.
– Um conselho para os novos estudantes da U.Porto?
Deem sempre o vosso melhor! Independentemente de o resultado ser negativo ou positivo, têm a garantia que fizeram o melhor que podiam e sabiam, pois é o que interessa. Adicionalmente, encontrem a forma de organização que melhor se adequa a cada um de vocês, isto é, organizarem-se de forma a encontrarem um bom ponto de equilíbrio entre os estudos e a vossa vida pessoal/social. Da mesma forma que devemos ter uma alimentação equilibrada, também devemos encontrar um bom balanço entre os estudos, saídas com amigos, filmes e séries e outros passatempos que podemos ter como ir ao ginásio, praticar um desporto ou tocar um instrumento.