Realizou-se na garagem do edifício FC4, do Departamento de Biologia, acabou por quebrar o cepticismo e atraiu, a 18 de abril, centenas de estudantes para o contacto com mais de 50 empresas interessadas nos talentos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). 

Com entrada livre e tendo decorrido das 10h00 às 18h00, de forma contínua, a segunda edição da Job(a)Fair – Feira de Emprego da FCUP teve movimento constante, seja pelo interesse ou mesmo pela curiosidade aguçada. 

O ambiente escolhido para a edição deste ano foi “underground” e simultaneamente “soalheiro”, como descreve Carla Carmelo Rosa, docente da FCUP e membro do Conselho Executivo, responsável pela organização da feira. “A opção pelo espaço de garagem foi assumida por inteiro com o seu ambiente “industrial”, permitiu juntar com sucesso num único espaço todas as empresas participantes, bem como deixar em espaço aberto todas as dinâmicas paralelas do evento”, destacou. 

No dia 18 de abril, não houve lugar para carros, apenas para networking, sessões de pitch, partilha de experiências de antigos estudantes e curtas entrevistas em modo “encontro de elevador”. 

Destes eventos destaca-se a mesa- redonda dinamizada pela Deloitte, empresa Premium, em torno da partilha de experiências de integração de vários alumni U.Porto na empresa, cujo mote integrador é: “you will never work alone!”. 

“Uma boa oportunidade para conhecer e explorar o mercado de trabalho”

“Como estudante do 1º ano de mestrado começo já a pensar no meu futuro e assim tive a oportunidade de o começar a traçar. Não só por ficar a conhecer a oferta de emprego mas também pela oportunidade de realizar estágios de verão e tirar todas as minhas dúvidas”, conta Maria Luís Nogueira, estudante do Mestrado em Química.

Também no 1º ano, mas de licenciatura, Lara Ferreira, uma das estreantes no novo curso de Bioinformática, está já de olho no futuro. Para a estudante, a Job(a)Fair é “uma boa oportunidade para conhecer e explorar o mercado de trabalho”. “É um evento que proporciona variados tipos de interações com empresas nas quais me interesso e nas quais, futuramente, posso vir a trabalhar”, acrescenta. 

Já na opinião de Pedro Afonso, estudante do 3º ano da licenciatura em Biologia, foi uma feira “mais apelativa e dinâmica”. “Como aluno de Biologia, senti que poderiam haver mais bancas direcionadas para o meu curso”, confessa. Não o impediu de tirar partido da Job(a)Fair. “Ao falar com os responsáveis pelas bancas conheci novas oportunidades e projetos para melhorar soft skills, bem como para facilitar a entrada no mercado de trabalho”, acrescenta.

Para Gonçalo Monteiro, do 3º ano da licenciatura em Geologia, o espaço da feira estava “melhor e mais bem organizado” do que ano anterior, mas, reforça, é importante a organização “tentar abranger todas as áreas da FCUP e não tanto Inteligência Artificial e Ciência de Dados e Ciência de Computadores”.

Um esforço que Carla Carmelo Rosa, responsável pela organização da Feira, garante que já está a ser feito, salientando ainda que há uma perceção maior das empresas quanto “à abrangência das competências da formação FCUP”. 

Apesar de o foco das empresas participantes ser “dominado pelas áreas digitais, em particular em perfis das Ciências de Computadores e de Matemática”, “em média as empresas participantes identificam como de seu interesse 5 em 12 perfis de formação definidos a partir das áreas dos seis departamentos FCUP”, denota. 

Este ano, foi dado destaque adicional, na Job(a)Fair, às quatro licenciaturas da FCUP financiadas pelo Programa de Recuperação e Resiliência, em particular a de Inteligência Artificial e Ciência de Dados que, este ano, já terá os primeiros licenciados. 

O evento foi organizado pela FCUP e pela Associação de Estudantes da FCUP e promete regressar no próximo ano com mais surpresas e animação.