É uma das vozes mais reconhecidas do Hip Hop nacional e estará na Faculdade de Ciências na Universidade do Porto (FCUP) num evento que assinala 50 anos de democracia. A artista portuense Capicua vai atuar, no dia 29 de abril, no Auditório Ferreira da Silva, fechando, com chave de ouro, momentos de reflexão sobre como era estudar, investigar e trabalhar antes e depois do 25 de abril de 1974. 

A iniciativa, que abre, às 16h00, com as palavras da Diretora da FCUP, Ana Cristina Freire, do presidente do Conselho de Representantes, Aires Oliva Teles, e do presidente da Associação de Estudantes da FCUP, terá duas mesas-redondas moderadas pelo docente da FCUP, António Machiavelo, Pró-Diretor da Faculdade de Ciências para Ciência & Cultura. A primeira assinala o período de ditadura que antecedeu a Revolução dos Cravos e a segunda as mudanças que se seguiram ao 25 de abril.

Os professores Teresa Lago, João Monte, António Pereira Leite Jorge Almeida, juntamente com aquela que foi a funcionária com mais anos de serviço da Universidade do Porto, Lurdes Zilhão, integrarão o primeiro painel de convidados.

Já a segunda mesa-redonda integra Alexandre Quintanilha, que foi professor na FCUP, Maria João Ramos, professora da FCUP, Duarte Graça, estudante da Faculdade de Ciências, Hugo Gonçalves, autor do livro “Revolução” e Paulo de Morais, que foi presidente da AEFCUP no ano letivo 1985/86, altura em que frequentava o curso de Matemática.

O evento “Onde estávamos no 25 de abril ’74: nós FCUP, nós Ciência em Portugal” é de entrada livre.

Sobre Capicua

Capicua nasce no Porto nos anos 80, descobre a cultura Hip Hop nos anos 90 e torna-se Rapper nos anos 00. Socióloga de formação, acabou por fazer da música o seu principal ofício e é conhecida pela sua escrita emotiva, feminista e politicamente engajada. A sua discografia conta com duas mixtapes e três álbuns em nome próprio, um disco de remisturas, dois discos-livro para crianças, um disco luso-brasileiro colaborativo e um EP ao vivo, além da direção artística do álbum de homenagem a Sérgio Godinho “SG Gigante” (2022).

Na última década, tem conquistando um público muito diverso e acumulado colaborações com vários artistas lusófonos, tem somado concertos, workshops, conferências, projetos sociais e comunitários (como o OUPA integrado no Cultura em Expansão da CMP ou o Recanto a convite da Arte em Rede).