Licenciada em Ciência Animal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Doutorada em Biologia Molecular pela Universidade Nova de Lisboa, Cláudia Serra é Professora no Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e Investigadora no Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), na área da aquacultura. 

– O que significa para si ser mulher em Ciência?

É um privilégio! Poder trabalhar no que gosto, com pessoas inspiradoras, gerar conhecimento e partilhá-lo com colegas, estudantes e a sociedade em geral. A dedicação à ciência é uma atividade nobre que permite o avanço da Humanidade.

É também uma grande responsabilidade, pois exige muita dedicação, rigor, e uma enorme resiliência. Ser mulher em Ciência ainda significa lidar, por vezes, com dificuldades em conciliar a carreira com a vida familiar.

Como mulher cientista, exploro os microorganismos para resolver problemas reais da indústria da aquacultura, desenvolvendo novas ferramentas (moléculas, vacinas, probióticos) que possam melhorar a saúde e o bem-estar dos animais em aquacultura. 

– Uma ideia para melhorar a ciência em Portugal:

Apesar dos avanços incríveis das últimas décadas, ser cientista em Portugal continua a ser sinónimo de precariedade, de instabilidade, e até de falta de reconhecimento.

O que é mais urgente para melhorar a ciência em Portugal é apostar na estabilidade da carreira e do financiamento disponível para trabalhar. Isto passa por um aumento da % do orçamento de estado que é canalizado para ciência mas também pela criação de iniciativas que promovam o investimento privado em investigação e desenvolvimento. Convencer o tecido empresarial e o mecenato científico de que o investimento em ciência pode significar o alavancar dos seus negócios e também da sociedade Portuguesa como um todo. 

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