Doutorada em Física e Mestre em Engenharia Física pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Catarina Dias é investigadora no Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica (IFIMUP), no Departamento de Física e Astronomia da FCUP. Trabalha com dispositivos à nanoescala capazes de reproduzir o comportamento de aprendizagem e memória no cérebro humano.

– O que significa para si ser mulher em Ciência?

Apesar de eu ser de uma área (Física) tradicionalmente de homens, tenho tido o privilégio de nunca me sentir diferente. Desta forma, diria que o meu contributo é enquanto pessoa em ciência.

É difícil destacar uma característica individual num trabalho que se faz em equipa, mas talvez contribua com o meu espírito (demasiado) crítico que tenta questionar tudo.

– Uma ideia para melhorar a ciência em Portugal:

Uma ideia só não chega. É preciso uma reestruturação que passe por acabar com a precariedade do emprego científico, diminuir a imprevisibilidade e burocracia, e idealmente reforçar o financiamento (público e privado).

A primeira parece-me a mais crítica, porque investigadores inseguros com o futuro próximo não têm liberdade para correrem riscos e experimentarem coisas novas.

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