Livro relata, na primeira pessoa, as descobertas de Nuno Cardoso Santos

Nos últimos anos, Nuno Cardoso Santos tem-se destacado entre a comunidade científica pela participação na descoberta de planetas localizados fora do sistema solar. Agora, é essa experiência que o investigador do Centro de Astrofísica (CAUP) e professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) vai agora partilhar com os amantes da astronomia e o público em geral através do livro “Outras Terras no Universo”.

Esta obra, baseada em boa parte no testemunho de Nuno Cardoso Santos, relata a história da descoberta de novos planetas, com destaque para aqueles que foram descobertos desde 1995 a girar em torno de estrelas distantes (extra-solares). Pelo meio, o leitor terá a oportunidade de conhecer o processo de descoberta dos planetas do nosso sistema solar.

Escrito por Nuno Cardoso Santos e por dois divulgadores da astronomia, Luís Tirapicos (licenciado em Astronomia pela FCUP) e Nuno Crato (investigador e atual ministro da Educação e Ciência,) é também “um relato dos avanços e recuos da ciência, de frustrações e conquistas, e, em última análise, da busca contemporânea por outras formas de vida no universo”, lê-se na sinopse da obra editada pela editora Gradiva.

O lançamento de “Outras Terras no Universo” está marcado para este sábado, dia 24 de novembro, Dia Nacional da Cultura Científica, às 19h00, no CAUP. A sessão, integrada nas celebrações Semana da Ciência e Tecnologia 2012 na U.Porto, vai contar com a presença de Nuno Cardoso Santos e Luís de Tirapicos.

Quem é Nuno Cardoso Santos?

Natural de Moçambique, Nuno Cardoso Santos está no CAUP desde março de 2007 e é Professor Afiliado do Departamento de Física da FCUP desde 2009. Com um percurso académico ligado às áreas da Astronomia e Astrofísica e  dividido entre Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Observatorio de Genebra (Suiça),  tem-se destacado nos últimos anos pelo trabalho desenvolvido na procura e estudo de planetas extra-solares. Foi nesse âmbito que, em 2009, foi distinguido com uma bolsa Starting Grant do European Research Council (ERC), no valor de quase um milhão de euros. No mesmo ano, integrou a equipa de investigadores que anunciou ao mundo a descoberta de 36 novos planetas extra-solares (exoplanetas). No passado dia 5 de novembro, foi distinguido com o PRÉMIO SEIVA 2012, na categoria de Ciências.