Álvaro Leite Siza Vieira, Álvaro Siza Vieira, Henrique Siza Vieira (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

Falar de arquitetura em Portugal é falar de Álvaro Siza Vieira. Corre-lhe tanto no sangue, que passou a paixão para o filho e neto. A família Siza Vieira está, desde 1949, ligada à Universidade do Porto.

Tudo começa com Álvaro Siza Vieira quando, em 1949, entra na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, antecessora da atual Faculdade de Arquitectura da U.Porto (FAUP). Licencia-se em 1955, permanecendo como docente ente 1966 e 1969. Em 2003, dá a sua última aula na FAUP, cujo edifício está entre os seus trabalhos mais notáveis. À sua obra, reconhecida em 2002 com o prestigiado Prémio Pritzker – conhecido como o “Nobel” da Arquitetura – juntam-se outros espaços como a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, a Biblioteca da Universidade de Aveiro, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e a emblemática Igreja de Marco de Canaveses. Aos 83 anos, Siza Vieira continua a levar o nome de Portugal e da U.Porto além-fronteiras.

Mesmo contra vontade do pai, que lhe dizia para não seguir arquitetura, Álvaro licencia-se também em Arquitetura pela FAUP, em 1994. Alvarinho, como lhe chamam os amigos, diz nunca ter tido interferência do pai no seu percurso como arquiteto, apesar de reconhecer que a descoberta pela arquitetura se explica também pela “tradição familiar de usar os tempos livres para desenhar, pintar e outros trabalhos manuais”. E é por esta ligação geracional à arquitetura e à U.Porto que Alvarinho quer narrar a história da cultura do Porto através de documentos e obras de arte da família Siza Vieira. Está, por isso, a trabalhar na criação de um polo museológico que conduz a uma viagem pela cultura portuense através de fotografias, desenhos, esculturas, maquetas, textos, entre outras obras de arte da família.

Álvaro Siza Vieira nunca poderia prever que também Henrique, o seu neto, ia viver nos corredores daquela que é a “sua faculdade”. Depois de um ano no curso de Engenharia Informática, na Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), Henrique seguiu a sua verdadeira paixão e, desde 2014, dá continuidade ao legado da família no Mestrado Integrado de Arquitetura da FAUP.

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