E se os desenhos de Manuel Marques de Aguiar ganhassem vida e invadissem os jardins da Fundação Marques da Silva? Este é o ponto de partida para a instalação de arte digital que o Coletivo 7 criou no contexto da exposição O desenho da vida na obra de Manuel Marques de Aguiar, em exibição na FIMS.

A partir de 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, mais de 30 desenhos de Manuel Marques de Aguiar ganham assim uma outra dimensão e estendem-se da Casa-Atelier para os jardins, proporcionando aos visitantes uma experiência imersiva audiovisual, com recurso a realidade aumentada. Como? É simples. Recorrendo ao sistema Android, basta descarregar (na Play Store) a app “MMA_desenha_vida” e seguir as instruções que se encontram disponíveis no local. Para potenciar a experiência ao máximo, não poderão também faltar os auriculares.

Esta experiência, gratuita, ficará disponível, nos jardins da Fundação, até 30 de setembro, data de encerramento da exposição que está patente dentro da Casa-Atelier José Marques da Silva e que convida o visitante a descobrir o traço do arquiteto e urbanista que, entre tantas outras obras, desenhou a Escola Francesa do Porto. A Manuel Marques de Aguiar coube ainda definir estratégias para o ordenamento da região norte, planear a imagem urbana de Espinho e pensar a reconstrução de Angra do Heroísmo, após o terramoto de 1980.

A exposição “O desenho da vida na obra de Manuel Marques de Aguiar” pode ser visitada até final de setembro, na Casa-Atelier José Marques da Silva. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

Abrangendo um arco temporal com início na década de 1950, em Paris, e que se prolonga até aos primeiros anos do século XXI, O desenho da vida na obra de Manuel Marques de Aguiar integra diferentes núcleos temáticos: Nós (o olhar fotográfico); Quotidiano (o desenho da vida a acontecer); Conhecimento (da formação à prática da arquitetura e do planeamento urbano); Caligrafia (a fluidez do traço); Partilhas (as viagens; as orlas fluviais e marítimas; a atenção ao outro; a linha de mar).

A exposição pode ser visitada de segunda a sábado, entre as 14h00 e as 18h00.

Sobre o Coletivo 7

O Coletivo 7 combina iniciativas artísticas e investigação no âmbito da arte digital, arquitetura, cidade, ecologia, participação, tecnologia e território.

Constituído por David Leite Viana, Isabel Cristina Carvalho, Raquel Ponte da Luz e Tiago Gomes, o Coletivo 7 desenvolve abordagens interdisciplinares, articulando diferentes perspetivas sobre questões decorrentes das sete áreas referidas e explorando intervenções socio-espaciais em instalações interativas.