Exposições Google Cultural Institute

Exposições realizadas por estudantes de História da Arte da U.Porto convidam a explorar um conjunto de tradições e memórias ligadas ao norte do país. (Foto: DR)

“A tradição sineira a norte de Portugal”, “Afurada – Janela de identidades”e “As Rendas de Bilros – Tradição e Património”. Assim se intitulam as três exposições virtuais concebidas pela Universidade do Porto, que acabam de ser  lançadas mundialmente no âmbito das celebrações dos cinco anos do Google Cultural Institute (GCI).

Concebidas por estudantes  do Mestrado em História da Arte Portuguesa e da Licenciatura em História da Arte da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP), as três exposições agora abertas ao mundo convidam o utilizador a explorar, à distância de apenas alguns cliques, um conjunto de tradições e memórias ligadas ao norte do país. É o caso d’“A tradição sineira a norte de Portugal”, exposição que conduz os utilizadores numa visita guiada pelas técnicas de fundição de sinos, assim como pelo toque manual, uma herança passada de geração em geração.

Espaço de descoberta e de celebração da tradição é também a exposição que nos leva até à margem esquerda do Rio Douro, “casa” da comunidade piscatória do lugar da Afurada e palco anual das célebres as Festas de São Pedro da Afurada. Da recolha de registo fotográficos ali levada a cabo pelos estudantes da U.Porto nasceu  “Afurada – Janela de Identidades”.

A terceira exposição tem como tema as Rendas de Bilros de Vila do Conde, tradição cuja história remonta ao século XVII, nas freguesias de Vila do Conde, Azurara e Árvore, e que é perpetuada hoje por rendilheiras de “mãos gastas” que ainda viram as suas mães e avós a trabalharem na soleira da porta. Para dar a conhecer este legado, os estudantes da FLUP contaram com a ajuda da Escola de Rendas de Vila do Conde, da Associação para a Defesa do Artesanato e Património e do Museu das Rendas de Bilros de Vila do Conde. O resultado pode ver-se em “Rendas de Bilros – Tradição e Património”.

Selecionadas pela sua qualidade científica e originalidade das imagens captadas, as três exposições foram realizadas por estudantes de licenciatura e mestrado. “Todas as exposições foram alvo de uma revisão científica feita por docentes de ambos os cursos”, destaca Maria Leonor Botelho, uma das coordenadoras do projeto.

A professora da FLUP acrescenta ainda que “para além da experiência pedagógica, estas exposições destacam-se pelo facto de abrirem caminho a que os estudantes vejam o fruto do seu trabalho publicado e a FLUP veja a sua missão de difusão de conhecimento a ser reconhecida internacionalmente numa plataforma de renome como a do Google Cultural Institute”. Com esta iniciativa, a FLUP reforça de resto o seu lugar entre as 1000 instituições de todo o mundo presentes no GCI.

As três exposições agora “patentes” no Google Cultural Institute juntam-se a “Porto Património Mundial”, um projeto igualmente desenvolvido pelos estudantes de Mestrado em História da Arte Portuguesa da FLUP.