Ao longo de três anos, centenas de investigadores vão trabalhar em conjunto para produzir novos conhecimentos na área do cancro.

Chama-se Porto Cancer Network  – Plataforma Oncológica do Porto e nasce com a missão de melhorar a qualidade do tratamento de doentes com cancro, através do reforço da excelência científica e tecnológica. O novo consórcio, que envolve vários centros de investigação da Universidade do Porto, o Centro Hospitalar do Porto (CHP) e o  Instituto Português de Oncologia do Porto, é apresentado esta quarta-feira, 17 de abril, no IPO-Porto.

Resultado de uma parceria inovadora entre alguns dos mais importantes centros científicos portugueses na área do cancro, a nova plataforma aposta na criação de sinergias a Norte de forma a desenvolver uma estratégia consertada que promova uma maior partilha e otimização de recursos ao nível da investigação em cancro. Espera-se ao mesmo tempo aumentar a capacidade de captação de financiamentos e promover uma maior ligação às empresas tecnológicas.

A U.Porto está representada neste consórcio pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e pelos institutos de Biologia Molecular e Celular (IBMC), de Engenharia Biomédica (INEB) e de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP). A Plataforma conta ainda com a participação do Instituto Português de Oncologia do Porto, EPE (IPO-P) e do Centro Hospitalar do Porto (CHP),

No protocolo que formaliza a criação do consórcio, as instituições envolvidas na nova plataforma mostram-se então “empenhadas no reforço da cooperação em rede, utilizando esta parceria para reforçar e consolidar a oferta de formação avançada na área da oncologia e da oncobiologia, desenvolver ações de prevenção primária e secundária do cancro”. Outro objetivo passa por associar “a investigação científica fundamental à investigação de translação, investigação clínica e à inovação na área da oncologia”.

Na prática, a aposta passará por “desenvolver e implementar redes de colaboração e estabelecer parcerias estratégicas com o tecido empresarial”, sisando desta forma “a valorização dos resultados da investigação e a transferência de tecnologia”. O consórcio assume também a vontade de  “facilitar o acesso ao investimento, “melhorar a eficiência dos ensaios clínicos” e “participar na definição de políticas públicas relacionadas com a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento em Oncologia”.

O consórcio tem uma duração prevista de três anos, podendo esta ser prorrogada mediante acordo entre os vários parceiros.

Recorde-se que existia já um consórcio estabelecido há dois anos entre o IPO-Porto e o IPATIMUP, que foi acreditado em 2011 como Comprehensive Cancer Center pela Organização Europeia do Instituto do Cancro.

A constituição oficial da Plataforma Oncológica do Porto e a assinatura do respetivo protocolo estão agendados para as 12h30 desta quarta-feira, com a participação de representantes das várias instituições parceiras.