Dos quase 10 mil (9677) estudantes de instituições de ensino superior portuguesas que participaram no programa Erasmus+ em 2017/2018, mais de 1100 partiram da Universidade do Porto. Os números constam no último relatório anual do programa (relativo a 2018) e consolidam o estatuto da U.Porto como a universidade portuguesa que mais estudantes envia para o resto do mundo ao abrigo do mais conhecido programa de mobilidade no Ensino Superior.

Segundo os dados disponibilizados pela Comissão Europeia, a U.Porto continua a liderar o “top” das universidades nacionais mais “exportadoras”, à frente das congéneres de Lisboa e de Coimbra.

Ao todo, e só no período em estudo, a Universidade enviou 1106 estudantes para mais de 30 países, para a realização de um período de estudos de um semestre a um ano completo. Entre os destinos mais procurados destaca-se a Espanha, seguida da Itália, Polónia e Alemanha.

Para Maria de Lurdes Correia Fernandes, Vice-Reitora da U.Porto com o pelouro das Relações Internacionais, este resultado representa o “culminar de um grande investimento feito na sensibilização dos estudantes para a importância de terem uma experiência internacional”.

Por outro lado, “resulta da conjugação da valorização interna e da importância da experiência da mobilidade internacional com o aumento que temos conseguido, através de projetos de Erasmus+ e de financiamentos”, sublinha a responsável, em declarações à agência Lusa.

O desempenho da U.Porto assume uma dimensão ainda maior se a análise for alargada a outros programas de mobilidade estudantil. Neste caso, e ainda reportando a 2017/2018, o número total de estudantes da Universidade em mobilidade foi de 1421. A maioria teve como destino a Europa (1267 estudantes), mas também a América Latina, a Ásia e outras regiões do globo.

E não vai ficar por aqui…

O relatório agora divulgado pela Comissão Europeia confirma igualmente a tendência de crescimento que se tem verificado no número de estudantes de universidade portuguesas a frequentar o programa Erasmus+. Em comparação com a edição anterior do relatório (2017), registaram-se mais cerca de 500 mobilidades (de 9132 para 9677). A diferença é ainda mais acentuada se recuarmos até 2010/2011, período em que “apenas” 5964 estudantes participaram no programa Erasmus.

A mesma tendência verifica-se na U.Porto e prolonga-se até à atualidade. Considerando apenas o presente ano letivo, e numa altura em que os dados estão ainda por fechar, a Universidade já “mobilizou” 1385 estudantes – 1204 dos quais através do programa Erasmus+ – para cerca de 49 países. A Itália a lidera agora o “top” de destinos favoritos, à frente da Espanha, Polónia e Alemanha.

Em paralelo, também a mobilidade OUT de docentes, técnicos e investigadores da U.Porto tem vindo a aumentar gradualmente. Só em 2018/2019, registaram-se 541 mobilidades deste tipo, quase mais 200 do que nos anos anteriores.

Para Maria de Lurdes Correia Fernandes, há, contudo, espaço para “superar” estes números nos próximos anos. “Não só vamos continuar, como vamos aumentar, uma vez que o ano passado tivemos 27 projetos Erasmus+ aprovados e, este ano já vamos com 40”, justifica a Vice-Reitora.

A Itália é o país que mais estudantes da U.Porto recebe este ano letivo, ao abrigo do programa Erasmus. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

Um exemplo para o mundo

Recorde-se que  Universidade do Porto foi recentemente distinguida com o Prémio Boas Práticas Erasmus+ 2019, um galardão atribuído pelas Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação às instituições que se distinguem pelas boas práticas seguidas no desenvolvimento das mobilidades de estudantes e staff, ao abrigo do Erasmus+.

De acordo com a Agência Nacional, a U.Porto destaca-se pela “excelente execução de atividades” e “excelentes índices globais de satisfação entre estudantes e staff”, mas também pelo cumprimento dos processos, conteúdos e prazos, e “estratégia de disseminação proativa, criativa e dinâmica”.