Depois dos funcionários docentes e não docentes e dos estudantes do primeiro ciclo, o programa de testes serológicos da Universidade do Porto para pesquisa de anticorpos específicos para o vírus SARS-CoV-2 – causador da Covid-19 – vai alargar-se, já a partir do próximo dia 2 de novembro, aos estudantes dos segundo e terceiro ciclos.

Assim, todos os estudantes de Mestrado e de Doutoramento da U.Porto, independentemente da faculdade ou do ano que frequentam, podem desde já agendar a realização do seu teste serológico aqui.

Os testes decorrem no edifício histórico do ICBAS –  Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Largo Abel Salazar, 2, junto ao Centro Hospitalar Universitário do Porto / Hospital Santo António), entre as 9h00 e as 18h45 de todos os dias úteis.

A participação no programa é totalmente gratuita e voluntária, não existindo quaisquer consequências para os estudantes que optem por não fazer o teste.

Os estudantes do primeiro ciclo (licenciaturas e mestrados integrados) que ainda não participaram no programa podem também continuar a agendar a realização do seu teste.

Em que consiste o teste?

Levados a cabo pelo Instituto de Saúde Pública da U.Porto, os testes serológicos permitem detetar a presença de anticorpos das classes IgG e IgM para o vírus SARS-CoV-2 e, assim, avaliar se uma pessoa esteve infetada com o coronavírus, independentemente de ter tido ou não sintomas de COVID-19.

O procedimento demora cerca de dez minutos e consiste na análise de uma gota de sangue, recolhida através de uma picada no dedo. Será ainda aplicado um breve inquérito epidemiológico para avaliar a possibilidade de contacto com casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.

A recolha e processamento das amostras serão realizados por médicos, enfermeiros e técnicos do ISPUP. Os resultados dos testes são confidenciais e comunicados apenas ao próprio estudante.

Trabalho em curso

Num primeiro momento, os testes serológicos à comunidade da U.Porto tiveram lugar entre 1 de junho e 10 de julho e abrangeu 3461 trabalhadores docentes e não docentes. Já em outubro, o programa foi alargado a todos os estudantes do primeiro ciclo.

Como explicou o Reitor da U.Porto no arranque do projeto, “a nossa intenção é tirar uma fotografia desta população agora, mas ir repetindo essa fotografia ao longo do ano, para perceber como é que a comunidade evoluiu e se foi adquirindo imunidade ao vírus”.

Também o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, já elogiou por diversas vezes a decisão da Universidade em avançar com a realização de testes serológicos no seio da comunidade académica, considerando-a não só “inédita a nível académico”, como merecedora de “ser replicada nas outras instituições do país”.

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