A Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) vai acolher, entre os dias 28 e 30 de novembro, a segunda Escola de Inverno do Mestrado Europeu Interdisciplinar em Estudos Africanos (EIMAS).

Esta segunda edição da do evento vai acolher estudantes das três universidades que integram o consórcio EIMAS – U.Porto, Universidade de Bayreuth (Alemanha) e Universidade de Bordeaux Montaigne (França) – num programa de três dias, dedicado ao património africano do passado ao presente. Em debate estarão tópicos como a Injustiça Epistémica e Conhecimento Indígena em África, Governação Tradicional e Justiça em África, e os seus desafios contemporâneos.

“Este é um evento único que traz a Portugal alguns investigadores e praticantes importantes dos Estudos Africanos. Será um privilégio para a Universidade do Porto abrir as suas portas ao debate emergente da descolonização do pensamento. Durante uma semana, a África e os intelectuais e artistas africanos serão os protagonistas do debate académico”, antecipa Hugo Daniel Ribeiro, professor do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da FLUP e coordenador do programa EIMAS na U.Porto.

Entre os estudiosos e praticantes do património africano que vão marcar presença na FLUP incluem-se nomes como Sabelo J. Ndlovu-Gatsheni, professor da Universidade de Bayreuth (Alemanha), Wanelisa Xaba, um contador de histórias descoloniais e investigador da Cidade do Cabo, o bailarino e investigador Alfdaniels Mabingo, ou o etnólogo musical austríaco Gerhard Kubik.

Para o último dia estão reservadas uma conversa sobre a “Influência da Música e da Dança em e a partir de África”, uma apresentação de música africana e um workshop de dança.

Sobre o EIMAS

O EIMAS é o primeiro programa de Estudos Africanos desenvolvido como Programa Conjunto de Mestrado no âmbito do Erasmus Mundus (EMJMD). Resultado de um consórcio pioneiro entre a U.Porto, a Universidade de Bayreuth (Alemanha) e a Universidade de Bordeaux Montaigne (França), o programa propõe um conjunto de abordagens interdisciplinares inovadoras ao ensino dos Estudos Africanos

Atualmente, o EIMAS envolve mais de 40 estudantes de 28 países, aos quais é oferecido um esquema de mobilidade que lhes permite realizar períodos de estudos nas três universidades parceiras.

No quarto semestre, os estudantes participam em trabalhos de campo ou estágios em África ou relacionados com África, dos quais resultará a redação de uma tese na universidade da sua escolha.

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