É sábado e este, em particular, é para sair à rua! Para partir à descoberta! Há, com certeza, sítios que sempre quis visitar, mas nunca teve oportunidade de o fazer. Ora, 25 de março é a data mágica para isso! Na antecâmara do Dia Nacional dos Centros Históricos (28 de março), a Universidade do Porto convida toda a população a conhecer os recantes do seu Edifício Histórico . Sabia que temos três exposições, na Casa Comum, à sua espera? E que tal explorar alguns dos espaços mais icónicos da Reitoria? Caso prefira outros contextos, a entrada para o Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP) faz-se pelo Jardim da Cordoaria. Não esquecer de colocar na agenda: É às 11h00. Só tem de escolher.

Para quem optar pela visita ao edifício da Reitoria (entrada pela Praça Gomes Teixeira, aos Leões), a proposta começa com vista para Património Cultural & Direitos Humanos, título da primeira exposição que vai encontrar na Casa Comum. Explorando a complexidade das relações entre Património Cultural e Direitos Humanos, a mostra reúne várias fotografias captadas em diferentes países (Portugal, Alemanha, Brasil, Timor, Roménia, Marrocos) que revelam os modos de vida, práticas, tradições e saberes locais.

Quando avançar para as galerias da Casa, há uma, ou neste caso, duas fileiras de desenhos em concertina que lhe vão atrair o olhar. Édipo/Antígona – Desenhos de Siza Vieira com textos de Valter Hugo Mãe é uma exposição onde o arquiteto recorre à tragédia grega para desenhar, e o escritor recorre à leveza do traço para escrever.

Depois do desenho, será a cor a servir de anzol. Há três salas para espraiar o olhar. 1+1=1 é a exposição que está nas galerias da Casa Comum e que propõe uma perspetiva sobre o Porto, a partir dos trabalhos dos artistas João e Dulce Barata Feyo.

Conhecidos os cantos à “Casa”, segue-se uma incursão pela história da Universidade. A mesma que vai desfolhar-se numa visita ao Salão Nobre, à Sala do Conselho e à galeria de retratos dos Honoris Causa, no Auditório Ruy Luís Gomes.

A visita orientada ficará a cargo da historiadora de arte Susana Barros. A participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória para o e-mail [email protected].

Retirado do caderno de desenhos de Álvaro Siza Vieira

Já se a opção for o Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP), basta aceder pela entrada virada para o Jardim da Cordoaria e entrar no Laboratório Ferreira da Silva.

O que sabe da sua história? Que papel desempenhou na história da cidade? Podemos dizer-lhe que Ferreira da Silva foi o diretor do primeiro Laboratório de Química do Porto (extinto com a construção da Avenida dos Aliados) e também da academia.

O “crime da rua das Flores” ouviu falar? Não é por acaso que lhe chama o pai da “Toxicologia Forense”. Estas e muitas outras histórias que estão por traz dos instrumentos científicos e da lava esmaltada destas bancadas de química. Que são as originais. A visita será orientada por Marisa Monteiro, curadora dos objetos científicos do MHNC-UP. Prometemos que não ficará indiferente à História da Química na Cidade do Porto.

A visita é gratuita, mas de inscrição obrigatória para o e-mail [email protected].

Laboratório Ferreira da Silva / Foto: Egidio Santos/U.Porto

Sobre o Dia Nacional dos Centros Históricos

Instituído em 28 de março de 1993, o Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses encontrou, desde logo, entusiástico acolhimento na esmagadora maioria das autarquias com centro histórico.

A data escolhida para as celebrações do Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses coincide com a data de nascimento de uma figura que melhor defendeu o património nacional — Alexandre Herculano.  É neste dia que as autarquias promovem ações de promoção e  salvaguarda dos respetivos centros históricos.

No Porto, antecipou-se para o sábado anterior, dia 25, de forma a que mais pessoas possam usufruir desta “festa” em que toda a cidade está de portas abertas.