A atividade física é um dos aspetos que a U.Porto quer continuar a promover no seio da instituição. (Foto: CDUP-UP)

A Universidade do Porto quer colocar a saúde e o bem-estar da comunidade académica como uma das suas prioridades estratégicas e, para o efeito, está já a desenvolver um programa de ação para afirmar a instituição como uma “Universidade Promotora de Saúde”.

O conceito introduzido pela Organização Mundial da Saúde no âmbito das políticas de Saúde Pública tem sido assumido por várias instituições de ensino superior de todo o mundo como um dos pilares centrais da sua responsabilidade social.

A U.Porto pretende agora entrar neste grupo de “Universidades Promotoras de Saúde”, desenvolvendo programas que permitam “promover a adoção de estilos de vida saudáveis e a prevenção de riscos e criar condições mais favoráveis à saúde e bem-estar de todos os que estudam e trabalham na Universidade”, como explicou o Pró-Reitor para a Saúde e Bem-Estar, José Castro Lopes.

A saúde e o bem-estar de toda a comunidade académica – estudantes, docentes, investigadores e colaboradores não docentes – será o objetivo final das atividades a desenvolver e implementar através de uma intervenção integrada, multidisciplinar e transversal a toda a Universidade, contando ainda com a colaboração de entidades externas que contribuem para a promoção de estilos de vida saudáveis no âmbito do Plano Nacional de Saúde.

Uma estratégia a dois anos

Neste momento, a Universidade já está a elaborar planos de ação em áreas de intervenção previamente identificadas como principais causas de problemas de saúde. No seu raio de atuação, a U.Porto vai incluir, por exemplo, a promoção de uma alimentação saudável, da atividade física, da saúde mental, da saúde sexual ou da saúde oral.

Os planos de ação preveem também a prevenção do tabagismo e um alerta contra os males do álcool e de outras substâncias psicotrópicas. Entre as iniciativas previstas incluem-se rastreios regulares, a promoção de estilos de vida saudáveis (com particular atenção à atividade física e à nutrição) ou ações de sensibilização dissuasoras de comportamentos de risco.

Mas essa é só uma das fases de todo um processo operacional que, uma vez concluído o desenvolvimento dos planos de ação, evoluirá para a fase de implementação, que se inicia no próximo mês de setembro e vai decorrer até julho de 2021. O projeto só termina com uma avaliação dos resultados alcançados e com o reconhecimento e comunicação dos ganhos em saúde e bem-estar.

A elaboração destes planos de ação e a identificação das áreas de intervenção tem sido da responsabilidade de um grupo coordenador liderado pelo Pró-Reitor para a Saúde e Bem-Estar, José Castro Lopes, e do qual fazem parte também a Pró-Reitora para o Desporto e Qualidade de Vida, Joana de Carvalho, representantes das Unidades Orgânicas e dos Serviços de Ação Social da (SASUP), representantes dos estudantes e da Comissão de Trabalhadores da U.Porto, representantes do Centro Desportivo (CDUP) e do Grupo de Invervenção Psicológica da U.Porto, bem como representantes do Departamento de Saúde Pública e da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, do Instituto de Saúde Pública da U.Porto (ISPUP) ou um representante da Câmara Municipal do Porto. Foi também este grupo coordenador que identificou as necessidades e os parceiros estratégicos do projeto.

Conferência assinala parceria internacional

No âmbito deste projeto, a Reitoria da U.Porto vai acolher no dia 9 de maio, a conferência “The Health Promoting University: Whole System Working for Wellbeing”, a cargo de Mark Dooris, professor de Saúde e Sustentabilidade na Universidade de Lancashire Central, no Reino Unido e co-chair e coordenador do UK Healthy Universities Network e chair no International Health Promoting Universities Network. Com entrada livre, este encontro tem início às 9h30, no Auditório Ruy Luís Gomes.

A UK Healthy Universities Network é a maior rede europeia de “Universidades Promotoras de Saúde”, contando entre os seus 89 membros de pleno direito com algumas das instituições de ensino superior inglesas, como a Universidade de Cambridge ou o University College London.

Tendo em conta o seu objetivo de integrar o conceito na sua estratégia, a Universidade do Porto será uma das 25 instituições de todo o globo que se assumem como membros associados nesta rede britânica.