Brian Skerry viajou por todo o mundo para retratar diferentes espécies de tubarões, com o objetivo de despertar consciências e promover o conhecimento sobre estes animais. (Foto: DR)

Uns são grandes e outros mais pequenos. Há os mais assustadores e os mais simpáticos. São 50 e, a partir desta sexta-feira, dia 24 de maio, vão invadir a Galeria da Biodiversidade – Centro de Ciência Vida do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP), no âmbito da exposição “Sharks”, promovida pela National Geographic.

Considerada uma das mais emblemáticas exposições da National Geographic, “Sharks” propõe uma viagem ao mundo dos tubarões pela objetiva de Brian Skerry, fotógrafo e fotojornalista especializado em vida marinha e ambientes subaquáticos.

Com mais de 10 mil horas de mergulho, Skerry conta no currículo com 14 viagens à volta do mundo para fotografar as mais variadas espécies de tubarões, entre as quais o tubarão-tigre, e o tubarão-azul e o grande tubarão-branco. E tudo começou há 30 anos, após um encontro com um tubarão-azul, na costa de Rhode Island, nos EUA. «Todos os meus sentidos ficaram em alerta. O meu coração acelerou à medida que me aproximei até cerca de um metro de distância. O tubarão mal reparou na minha presença e desapareceu”, conta.

É essa paixão pelos tubarões que se revela numa exposição que, a partir de meia centena de imagens, oferece uma nova perspetiva sobre estes predadores do oceano, sublinhando ao mesmo tempo a importância da sua proteção. “Este é um projeto que nos ensina a apreciar os tubarões em vez de os temer”, aponta a National Geographic. Mas não só…

O grande tubarão-branco foi uma das espécies retratadas pelo fotógrafo norte-americano. (Foto: DR)

“Através da lente de Brian Skerry o público vai poder conhecer melhor estes animais belíssimos e, esperamos, ultrapassar os mitos e preconceitos que os rodeiam. Este extraordinário trabalho é também uma importante chamada de alerta para o perigo eminente em que vivem os tubarões e o impacto que o seu desaparecimento tem no frágil equilíbrio dos ecossistemas marinhos”, nota  Luís Fernambuco, diretor geral da National Geographic Partners em Portugal.

Nesta “visita” ao Porto, onde chega depois de uma passagem pelo Oceanário de Lisboa, “Sharks” apresenta como grande novidade a inclusão inédita de uma “Shark Cage” semelhante à utilizada por Brian Skerry nas suas expedições. Nesta instalação imersiva, os visitantes poderão viver a experiência de estar no fundo do mar, em plena observação científica, e, vestindo a pele do fotógrafo, nadar com os tubarões.

A exposição inclui uma instalação imersiva em que os visitantes podem viver a experiência de estar no fundo do mar e nadar com os tubarões dentro de uma “Shark Cage”. (Foto: DR)

Uma parceria de sucesso

Esta é a segunda vez que a Galeria da Biodiversidade acolhe uma exposição da National Geographic, “depois do tremendo êxito que tivemos com a exposição Photo Ark, pela qual passaram mais de 60.000 pessoas”, como recorda Luís Pernambuco. Um êxito que Nuno Ferrand, diretor do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto, quer agora repetir: “A renovação da parceria com a National Geographic para trazer ao Porto mais uma extraordinária exposição, é não só entusiasmante mas também um motivo de grande orgulho. (…) Esta é definitivamente uma das várias iniciativas que o Museu tem este ano reservadas para os seus visitantes a não perder”.

Confiante mostra-se igualmente o Reitor da U.Porto, para quem “esta exposição será um acontecimento cultural e científico de grande significado para a cidade, que irá certamente atrair muito público”. António de Sousa Pereira lembra ainda que “pela sua qualidade, a exposição prestigia a Universidade do Porto e vem reafirmar o nosso empenho na divulgação científica, tecnológica e cultural. As universidades têm o dever não só de produzir conhecimento mas também de facilitar o seu acesso pela comunidade, em particular pelos mais jovens”.

A exposição «Sharks» vai estar patente na Galeria da Biodiversidade até 31 de dezembro, podendo ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00.

Os bilhetes gerais « para a exposição custam 5 euros (há descontos especiais para famílias, jovens, idosos, sendo a entrada gratuita para crianças até aos 4 anos) e podem ser adquiridos na Galeria da Biodiversidade ou online, em www.bol.pt. A exposição tem o apoio da Audi e-tron e Conselheiros da Visão.

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