A HypeLabs, startup da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, desenvolveu uma aplicação capaz de informar os utilizadores da possibilidade de terem estado no mesmo espaço de alguém que está infetado com Covid-19. Baseada numa tecnologia que permite localizar telemóveis de forma anónima e sem recurso à internet, a CovidApp já está a ser utilizada em mais de 30 países.

Criada por André Francisco e Carlos Lei Santos, ambos antigos estudantes da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP), a aplicação deteta a proximidade física entre smartphones e informa os utilizadores, através de alertas, que existe probabilidade de terem estado no mesmo espaço de alguém infetado. A CovidApp (não confundir com esta) funciona em diferentes sistemas operativos, sem necessidade de ligação à internet e com o smartphone bloqueado ou sem utilização.

A CovidApp regista os “encontros” do utilizador e armazena os dados no dispositivo durante 14 dias. Além disso, responde às perguntas mais frequentes e emite algumas recomendações.

Os registos dos “encontros” ficam armazenados durante 14 dias no dispositivo e apenas são enviados para um servidor central, que cruza todos estes dados e percebe se existiu algum potencial contágio. Caso exista alguma probabilidade, o smartphone emite um alerta com algumas recomendações.

A app desenvolvida pela HypeLabs utiliza, ainda, números de identificação aleatórios para cada utilizador, garantindo, assim, a confidencialidade dos dados de cada pessoa. A CovidApp não permite nenhum acesso a bases de dados, nem recolhe informações privadas dos utilizadores.

“Nunca ninguém verá as informações privadas dos utilizadores. Apenas o ID exclusivo do dispositivo é visível para as autoridades governamentais”, assegura Carlos Lei Santos, cofundador da HypeLabs.

Para o alumnus da U.Porto, as vantagens da aplicação. “A CovidApp pode ajudar cidades e países a reativar as suas economias o mais rápido possível”, remata.

André Francisco e Carlos Lei, ambos antigos estudantes da FCUP, são os fundadores da HypeLabs. (Foto: DR)