Startup da UPTEC usa plástico dos oceanos para criar máscaras de proteção

“Em pleno início da pandemia, a produção estava parada e surgiu uma nova necessidade no mundo: máscaras sociais. Olhámos à nossa volta e vimos que o mercado não respondia a uma oferta de máscaras sustentáveis. Decidimos, por isso, colocar mãos à obra e continuar a retirar plástico do Oceano, enquanto começávamos a produzir máscaras sustentáveis”, explica André Facote, cofundador da Skizo.

As máscaras da startup da UPTEC são produzidas artesanalmente por costureiras portuguesas e cada máscara de uso profissional retira do oceano o equivalente a cinco garrafas de plástico. Com esta redução de plástico nos oceanos — entre sapatilhas, bolsas e máscaras —, já foi limpa uma área equivalente aos distritos de Lisboa e Porto.

As máscaras Skizo são de nível 3 — vulgarmente conhecidas por comunitárias — e de nível 2, que são certificadas para uso profissional. As máscaras de nível 2, disponíveis em cor preta e branca, foram as últimas a chegar ao mercado pelas especificações e características que detêm, como 98% de retenção de partículas, acabamento antibacteriano, proteção antigotículas.

As máscaras são certificadas pelo CITEVE para 25 lavagens, pelo AITEX (Espanha) para 50 lavagens e pela EUROFINS (União Europeia) para 100 lavagens, as máscaras da Skizo estão disponíveis na loja online da empresa pelo preço de 9 euros por unidade.

Sobre a Skizo

Criada em março de 2019 por André Facote e Andreia Coutinho, a Skizo é uma marca que transforma plástico do oceano em têxtil. Até março, momento em que começou a produzir máscaras certificadas, a startup dedicava-se à criação de calçado personalizado e bolsas ecológicas.

As sapatilhas criadas têm uma das menores pegadas ecológicas conhecidas, principalmente pelo facto da produção apenas se iniciar no dia seguinte à encomenda do cliente, ou seja, apenas são produzidos os produtos que são vendidos.