Chama-se AGIT e promete ajudar a combater o sedentarismo numa altura em que os ginásios estão fechados e se multiplicam os apelos para ficar em casa. Trata-se de uma aplicação móvel – desenvolvida por Tomás Albuquerque e Tiago Santos, antigos estudantes, respetivamente, da Faculdade de Ciências (FCUP) e da Faculdade de Engenharia (FEUP) da Universidade do Porto, e por Francisco Friande, estudante da FEUP – que permite monitorizar a atividade física com a ajuda da câmara do telemóvel, a partir de uma tecnologia de reconhecimento de exercício físico em que o utilizador recebe feedback em tempo real sobre a sua performance.

A AGIT, que dá também nome à startup sediada na UPTECParque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, já está disponível para Android e vai disponibilizar semanalmente desafios de fitness interativos, que consistem num conjunto de exercícios com a duração de três a quatro minutos.

“No final e com base no seu resultado, o utilizador é colocado numa tabela de classificações juntamente com os outros utilizadores. O exercício é repetível tantas vezes quanto o utilizador pretenda”, explica Tomás Albuquerque, Mestre em Engenharia Física com especialização em ciência de dados pela FCUP e ex-atleta de alta competição

Exercício físico interativo

A ideia de criar a AGIT surgiu há pouco mais de um ano e partiu de Tomás Albuquerque e de Tiago Santos, antigo estudante de Engenharia e Gestão Industrial da FEUP, que já se conheciam desde os tempos de escola e partilhavam uma paixão pela engenharia. Francisco Friande, que estuda Engenharia Informática e Computação na FEUP, depressa se juntou à equipa com os seus conhecimentos de programação.

“A tecnologia está assente em métodos de Visão Computacional e Machine Learning. Há uma grande componente de processamento das imagens recolhidas pela câmara do telemóvel ao longo do exercício. Sobre cada imagem recolhida é aplicado um método de processamento, que usa inteligência artificial, para que a cada momento seja possível identificar o movimento realizado e contar as repetições efetuadas”, explica Tomás Albuquerque.

Através desta tecnologia, os três empreedendores da U.Porto esperam “dar a oportunidade às pessoas de fazerem exercício de uma forma mais interativa e igualmente fácil e conveniente!”

Nesta altura, pretendem igualmente “contribuir para ajudar as pessoas a manter a sua saúde física e mental intactas”.