Natural de Matosinhos, Rodrigo Tuna vem de uma família U.Porto. Não estranha por isso que tenha seguido o exemplo do avô, dos pais e do irmão  quando, no ano letivo 2019/2020, ingressou no Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação na Faculdade de Engenharia (FEUP).

E se as histórias começadas por “Quando eu andava na Faculdade…” sempre fizeram parte do imaginário deste futuro engenheiro, nem isso tornou menos única a experiência que viveu no primeiro ano na Universidade. “Absorvi todo o ambiente com muita paixão, as aulas, as aprendizagens e o convívio com os colegas”, destaca.

De um ano “difícil” devido à pandemia, fica ainda mais uma recordação para contar às próximas gerações da família. Com uma média de 18,73 valores no 1.º ano do curso, Rodrigo Tuna estará entre os 21 estudantes da U.Porto que vão ser distinguidos com o Prémio Incentivo 2021. Uma distinção que, fazendo jus ao nome, é  “um incentivo para continuar a empenhar-me nos estudos” e para “seguir os sonhos que me aparecerem pelo caminho”.

O que te motivou a escolher a U.Porto?

Nasci e vivo no Grande Porto, por isso o fator proximidade esteve sempre presente. Por outro lado, nasci numa família U.Porto. O meu avô, os meus pais e o meu irmão fizeram o seu percurso académico na U.Porto. E desde pequeno que me habituei a ver fotografias e a ouvir histórias com a Universidade como tela.

No entanto, muito perto da iminência da decisão tive algumas dúvidas. Usufruí de uma agradável experiência na Universidade de Coimbra, onde integrei o Projeto Delfos e convivi com colegas que frequentavam o Instituto Superior Técnico. Tantas vivências e paixões obrigaram-me a pesar os prós e contras. No final, a balança pendeu para a Universidade do Porto.

– De que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?

O ambiente académico fazia parte do meu imaginário desde muito novo. Sempre gostei de ouvir as histórias que começavam por: “Quando eu andava na Faculdade…” Por isso o primeiro ano foi a concretização de uma etapa da minha vida que há muito adivinhava real. Absorvi todo o ambiente com muita paixão, as aulas, as aprendizagens e o convívio com os colegas. 

O dever de recolhimento forçado aconteceu em pleno primeiro ano. Está a ser difícil. Gosto da interação que ocorre nas salas de aulas, salas de estudo, bares. As relações enriquecem-nos e o saber partilhado nas conversas de corredor é um bem maior.

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?

Gostava que a Faculdade de Engenharia estivesse mais próxima da Faculdade de Ciências, se não fisicamente pelo menos tivesse mais projetos em comum. Os cursos de Ciências e de Engenharia ganhariam muito se existisse uma maior cooperação. A abolição da propina também me agradaria. Gosto de pensar que é um bem maior a igualdade de oportunidades.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti?

Este prémio é um reconhecimento do meu trabalho e ao mesmo tempo um incentivo para continuar a empenhar-me nos estudos. 

– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos?

Não penso muito nisso. Tenho tanto para aprender e descobrir que tenho medo de que os meus sonhos aprisionem a realidade. Gosto de me sentir livre para seguir os sonhos que me aparecerem pelo caminho.

– Se tivesses de descrever a U.Porto numa palavra, qual seria?

Oportunidade