Natural da Carolina do Norte, nos Estados Unidos da América, Rita Duarte Torres está a viver o “sonho português” na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), instituição onde ingressou em 2021 – na licenciatura em Artes Plásticas – e em que encontrou um “ambiente de livre expressão” promovido pela “comunidade artística que se forma na faculdade”.

Para o futuro, a estudante e artista aponta a uma “carreira artística” na qual veja reconhecido o seu trabalho. Para já, está bem encaminhada para o sucesso. Com uma média final de 17,37 valores no 1.º ano do curso, Rita Duarte Torres é a representante de Belas Artes entre os 20 estudantes da U.Porto distinguidos com o Prémio Incentivo 2022Distinção, que juntamente com o prémio monetário, ajudará a jovem artista de 19 anos a “focar-se em mais projetos”.

– O que te motivou a escolher a U.Porto?

Escolhi a faculdade de Belas Artes da U. Porto pela qualidade de ensino, e pela atmosfera que sempre vi ser fomentada e sustentada pelos estudantes que a frequentam.

– O que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?

Gostei principalmente da comunidade artística que se forma na faculdade e o ambiente de livre expressão que promove. Também gostei muito do programa de ensino, que me permitiu aprender imenso sobre matérias muito diferentes e não só do caráter prático. 

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?

No caso específico das Belas Artes, são claras as limitações infraestruturais da faculdade. Em muitos casos não temos espaços e ateliers suficientes para a prática artística, apresentações de trabalhos, material, etc. Isto dificulta-nos a aprendizagem e limita o tipo de trabalhos que podemos fazer.

Outro problema evidente é a falta de divulgação, acesso e iniciativa para integrar a faculdade e os seus alunos em festivais, eventos artísticos, conferências, etc. Tudo isto são oportunidades importantes numa carreira artística, onde podemos encontrar outros estudantes e artistas que nos podem ajudar a encontrar um caminho mais definido no nosso futuro.

Também acredito que para um ensino superior de caráter democrático e anti-elitista, seja necessário advogar pela gratuitidade do ensino superior público. A educação é um direito, não um privilégio.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti?

Fiquei muito feliz de ter este prémio, visto que será uma ajuda financeira que me permitirá focar em mais projetos.

– Quais são os teus planos para o futuro?

Vejo-me a seguir um percurso maioritariamente académico, visto que a experiência que tive até agora foi bastante positiva e me encorajou a valorizar a investigação e aprendizagem, que é um processo sempre divertido e desafiante para mim!

Embora uma carreira artística seja famosamente incerta e instável, também gostava de ter os meus trabalhos artísticos reconhecidos e exposições próprias.

– Se tivesses de descrever a U.Porto numa palavra, qual seria?

Desafiante – num bom sentido.