Alberto Barros foi pioneiro na utilização de diversas técnicas de PMA em Portugal

Alberto Barros foi pioneiro na utilização de diversas técnicas de PMA em Portugal. (Foto: DR)

Alberto Barros, professor catedrático e diretor do Departamento de Genética da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), foi nomeado pelo Ministério da Saúde para liderar a comissão responsável por regulamentar a Lei que alargou o âmbito dos beneficiários das técnicas de procriação medicamente assistida (PMA), garantindo o acesso de todas as mulheres à PMA.

A ele juntar-se-ão Ana Catarina Veiga Correia, Carlos Calhaz Jorge, Pedro Macedo de Sá e Melo e Helena Maria Vieira de Sá Figueiredo, num grupo de trabalho que terá como missão a elaboração de um anteprojeto de decreto-lei que “incorpore as mais recentes experiências internacionais e estudos elaborados nesta matéria”.

Alberto Barros é um dos mais proeminentes especialistas na área da Genética Médica. Membro do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida desde 2007, o professor e investigador da FMUP foi pioneiro em Portugal na aplicação das técnicas de Procriação Medicamente Assistida, nomeadamente inseminação artificial intraconjugal, com preparação “in vitro” do esperma (1985); crioconservação do esperma em azoto líquido (1985); inseminação artificial com esperma de dador e microinjeção intracitoplásmica de um espermatozoide (1994).

Dirigiu também a equipa que obteve as primeiras gravidezes mundiais em casos de imobilidade dos espermatozoides e de paraplegia com ausência de ejaculação devido a traumatismo da espinal medula com arma de fogo. Cumulativamente, foi o precursor no nosso país do diagnóstico genético pré-implantação e da lavagem e preparação de espermatozoides nos casos de homens portadores de VIH, e Hepatite B e C.

O seu curriculum regista mais de meio milhar de participações em palestras e quase três centenas de artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais.