Antigo professor do ICBAS, José Castro Lopes acaba de ser distinguido pela Direção-Geral de Saúde. (Foto: Edigio Santos/U.Porto)

José Remísio Castro Lopes, neurologista e antigo Professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), acaba de ser distinguido com o Prémio Nacional de Saúde 2018. Reconhecido pelo seu contributo na área da doença vascular cerebral, Castro Lopes foi um dos pioneiros em Portugal a estudar esta doença, a primeira causa de mortalidade e incapacidade em Portugal.

Para além da excelência do seu percurso profissional, clínico e académico, a escolha de José Castro Lopes teve em conta “o seu contributo para a obtenção de ganhos em saúde na área da doença vascular cerebral, com incessante actividade de difusão de princípios e terapias, com resultados na redução da morbilidade e mortalidade desta patologia tão grave e significativa em termos de saúde pública”, explica a Direção-Geral da Saúde.

Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP) em 1959, José Remísio Castro Lopes iniciou a carreira no Serviço de Neurologia no Hospital Geral de Santo António, serviço que viria a dirigir desde 1977 e no qual criou a primeira unidade de AVC (acidente vascular cerebral) do país. Durante este período, foi também Professor Catedrático de Neurologia no ICBAS. Ao longo do seu percurso, foi Diretor Clínico do Hospital Geral de Santo António, tendo ainda presidido o Colégio de Especialidade de Neurologia da Ordem dos Médicos e a Sociedade Portuguesa de Neurologia.

A par da atividade enquanto médico, José Castro Lopes fundou, em 2005, a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), que preside desde então. No contexto da SPAVC, o neurologista tem também desenvolvido um extenso trabalho de promoção do conhecimento sobre esta patologia, tanto junto dos profissionais de saúde como da população em geral.

Promovido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o Prémio Nacional de Saúde distingue, anualmente, uma personalidade que tenha contribuído para a obtenção de ganhos em saúde ou para o prestígio das organizações de saúde no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. O júri deste ano foi presidido por Walter Osswald, e  constituído pelos bastonários das ordens dos Médicos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos, dos Médicos Dentistas, dos Psicólogos, dos Biólogos, dos Nutricionistas, pelo diretor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e pelo diretor da Escola Nacional de Saúde Pública.