O e-Learning Café – Botânico da U.Porto fica situado na Casa Salabert, em pleno Jardim Botânico do Porto. (Fotos: Egídio Santos / U.Porto)

Os projetos de reabilitação da Casa Atelier José Marques da Silva e do E-Learning Café – Botânico da Universidade do Porto foram distinguidos com menções honrosas na edição deste ano do Prémio João de Almada, iniciativa que distingue os melhores exemplos de reabilitação na cidade do Porto. Os vencedores foram anunciados no passado dia 25 de julho e incluem ainda vários atuais e antigos docentes da Faculdade de Arquitectura da U.Porto (FAUP).

Liderada pelos arquitetos e professores eméritos da U.Porto/FAUP, Sérgio Fernandez e Alexandre Alves Costa, a obra de reabilitação da Casa Atelier de Marques da Silva, propriedade da Fundação Instituto Arquiteto José Marques da Silva, decorreu entre 2013 e 2015. Já o E-Learning Café – Botânico foi inaugurado a 12 de outubro de 2015, em resultado do projeto de remodelação da Casa Salabert, liderado pelos arquitetos Nuno Valentim, professor da FAUP, e Margarida Carvalho.

A obra de reabilitação da Casa Atelier Marques da Silva decorreu entre 2013 e 2015. (Foto: João Ferrand/Fundação Marques da Silva)

Os dois projetos receberam menções honrosas na categoria de Edifícios Não Residenciais, juntamente com o projeto de reabilitação da Igreja e Torre dos Clérigos. Ainda nesta categoria, o prémio principal foi atribuído ex-aequo ao projeto de reabilitação do edifício Palácio do Bolhão e ao projeto de expansão da Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto, assinados por José Gigante (antigo docente da FAUP) e Álvaro Siza (Professor Catedrático Emérito da FAUP), respetivamente.

Já na categoria de Edifícios Residenciais, o júri distinguiu o projeto de reabilitação do edifício Casa da Boavista (Rua de António José da Costa 53), da autoria da arquiteta Joana Leandro de Vasconcelos (Atelier in.Vitro), antiga estudante da FAUP.
A edição deste ano do Prémio João de Almada contou com 31 candidaturas admitidas a concurso, o que, segundo o júri, “revela uma notável adesão aos objetivos deste prémio, num momento especialmente relevante para a reabilitação na cidade do Porto”. Aos trabalhos premiados será entregue o valor de dez mil euros, cabendo três mil ao proprietário e sete mil ao arquiteto responsável pelo projeto e obras de recuperação.
Atribuído pela primeira vez em 1990 à recuperação do Edifício do Círculo Universitário do Porto, de Fernando Távora, o Prémio João Almada distinguiu anteriormente os projetos de reabilitação do Edifício da Ordem dos Arquitetos, do Teatro Nacional de S. João, do Teatro Rivoli, do Palácio das Artes, da Escola Secundária Clara de Resende, entre outros.