Localizado entre o UPTEC e a FADEUP, o Parque Central da Asprela terá uma área total superior a 60.000 m2, sendo 54.700 m2 deles ocupados por áreas verdes. (Imagem: DR)

São quase 60 mil metros quadrados de zona verde, incluindo centenas de árvores, duas ribeiras e vários espaços especialmente concebidos para passear, estudar ou descansar após um dia de trabalho. Estas são algumas das peças do puzzle que vai compor o futuro Parque Central da Asprela, que deverá nascer, até 2020, nos terrenos da Universidade do Porto situados entre o UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto e a Faculdade de Desporto (FADEUP).

Aprovado no passado dia 16 de outubro, o projeto para o novo “pulmão verde” da cidade e da Universidade apresenta-se com a ambição de ser um ponto de ligação de todo o campus universitário da Asprela, “casa” de sete das 14 faculdades da U.Porto ( Ciências da Nutrição e Alimentação, Desporto, Economia, Engenharia, Medicina, Medicina Dentária e Psicologia e Ciências da Educação). Entre as instalações da Universidade ali situadas incluem-se também o UPTEC, o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), o e-Learning Café da Asprela, a residência universitária de Paranhos e o Pavilhão Luís Falcão, a que se juntam várias escolas do Politécnico do Porto, o Hospital de S. João e ou o IPO.

Será por isso grande parte da comunidade U.Porto aquela que vai beneficiar diretamente de um espaço paisagístico único no Porto, especialmente pensado para a circulação (a pé ou de bicicleta) das dezenas de milhar de pessoas que, diariamente, estudam e trabalham nesta zona da cidade. Mas não só. “Vai constituir fruição, integração paisagística e beneficiação ao nível da biodiversidade”, resume Paulo Farinha Marques, professor da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP) e coordenador da equipa – de arquitetos paisagistas, arquitetos e engenheiros civis – que está desenvolver o projeto.

Com início previsto para 2019 e um custo estimado de 1,7 milhões de euros – do qual cerca de milhão será assegurado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, e o restante pela U.Porto, pelo Politécnico do Porto e pela Câmara Municipal do Porto -, o projeto do Parque Central da Asprela dá sequência ao trabalho iniciado com a instalação do Parque Quinta das Lamas, localizado entre a FEP e a FEUP, e que incluiu a reabilitação da Ribeira da Manga. A mesma que se “junta” agora à ribeira da Asprela num espaço com uma área superior a 60.000 m2, ocupada maioritariamente por espaços verdes e dotada de uma vasta rede de caminhos, pontes e passadiços. Prevista está ainda a instalação de um campo de futebol e de uma cafetaria.

A questão ambiental, e nomeadamente o enquadramento dos recursos hídricos, é de resto uma das imagens de marca do projeto que vai “devolver” à cidade a utilização e o usufruto de um espaço natural que tirará partido das duas linhas de água correspondentes à Ribeira da Asprela e à da Ribeira da Manga. Afinal, “as ribeiras serão as estrelas deste parque”, remata Paulo Farinha Marques.