Tiago Sá é um dos melhores talentos europeus com 30 anos ou menos. Quem o diz é a prestigiada revista Forbes, que o elegeu para a sua lista anual 30 under 30, na categoria de empreendedorismo social.
A razão da distinção parece simples. Este antigo estudante da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto é o fundador e CEO da Wisecrop, uma start-up que desenvolve sistemas para aumentar a produtividade dos agricultores, através de apps que facultam dados em tempo real e permitem gestão remota da mão de obra numa exploração agrícola.
Com a Wisecrop, passaram a estar online informações sobre risco de ocorrência de pragas, doenças ou eventos climáticos, sobre o histórico de operações na exploração, ou sobre a aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Numa altura em que já opera na gestão de mais de 25 mil hectares de solo agrícola, esta start-up tem amealhado vários prémios desde que foi fundada, em 2013, e tem também merecido destaque na imprensa nacional e internacional.
Foi ainda no curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores que Tiago Sá teve a ideia da criação da empresa, no âmbito de um projeto de uma unidade curricular. Depois de terminado com sucesso o projeto académico, resolveu colocar a ideia em prática criando a Wisecrop com o apoio do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, onde a empresa ainda hoje se encontra sediada.
Naturalidade? Santa Maria da Feira.
Idade? 30.
– De que mais gosta na Universidade do Porto?
Da competência e a vontade de chegar mais longe das Pessoas que fazem a Universidade.
– De que menos gosta na Universidade do Porto?
Da inércia no ajuste nos programas curriculares aos desenvolvimentos tecnológicos.
– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Inserir nos programas curriculares a presença frequente de oradores que tragam conhecimento prático das matérias teóricas que são lecionadas, fazendo uma ponte mais clara e perceptível entre a Academia e o Mercado.
– Como prefere passar os tempos livres?
Quais tempos livres?!?
– Um livro preferido?
“A Realidade é Real?”, de Paul Watzlawick.
– Um disco/músico preferido?
Difícil escolher um apenas, mas posso dar alguns exemplos: Ray Charles, Michael Bublé, Joss Stone, Queen…
– Um prato preferido?
Qualquer prato, desde que venha com comida.
– Um filme preferido?
The Matrix.
– Uma viagem de sonho?
Ir à Lua.
– Um objetivo de vida?
Fazer a diferença na vida do maior número de pessoas possível.
– Uma inspiração?
A filantropia bilionária do Bill Gates.
– O projeto da sua vida…
A Wisecrop.
– A Forbes incluiu-te na lista dos 30 talentos a seguir, na categoria de empreendedorismo social. Que portas é que esta distinção pode abrir, principalmente para o processo de internacionalização da Wisecrop?
Esta distinção foi um gesto do qual humildemente nos orgulhamos na Wisecrop. O mediatismo consequente vem ajudar a credibilizar o trabalho que temos vindo a fazer, dentro e fora de Portugal, pelo que certamente ajudará a acelerar o processo de internacionalização.