Manuel Alves é professor do Departamento de Engenharia Química da FEUP e foi recentemente distinguido com uma Starting Grant na área da engenharia pelo European Research Council. O financiamento, no valor de 1 milhão de euros, será aplicado no desenvolvimento de uma linha de investigação que se dedica ao estudo de escoamentos de fluidos complexos e dos mecanismos que induzem instabilidades e turbulência elástica em escoamentos microscópicos. O projeto arrancou um dia depois de ter completado 40 anos, o que leva o investigador da FEUP a considerar que foi “um presente de aniversário” especial.

Casado e pai de duas meninas, Manuel Alves iniciou a sua carreira como professor na FEUP em 1995, instituição a que sempre esteve ligado desde os tempos de estudante. Manuel Alves e os seus colaboradores têm desenvolvido trabalho científico na área da previsão numérica de instabilidades de fluidos complexos, o qual tem contado com a colaboração de vários laboratórios internacionais de instituições como o MIT nos Estados Unidos, ou a Universidade de Liverpool no Reino Unido.

De que mais gosta na Universidade do Porto?

Do Círculo Universitário. Ponto de encontro de várias festividades importantes da minha vida.

De que menos gosta na Universidade do Porto?

Da burocracia crescente, e da incapacidade em premiar o mérito.

Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

A resposta anterior dá algumas pistas.

Como prefere passar os tempos livres?

São curtos. Com as três mulheres da minha vida.

Um livro preferido?

Nenhum em particular. Actualmente estou a ler dois livros bem diferentes, mas ambos entusiasmantes: “Life”, a biografia de Keith Richards; “A Física do futuro”, de Michio Kaku.

Um disco preferido?

“Achtung Baby”, dos U2. E, já agora, uma menção honrosa para “Transformer” do Lou Reed, para “Mellon Collie and the Infinite Sadness” dos Smashing Pumpkins, e para “The Joshua Tree” dos U2.

Um prato preferido?

Francesinha. Mas não passo uma semana sem uma refeição de sushi e sashimi.

Um filme preferido?

E.T. – O Extraterrestre. Por ter sido o primeiro filme que vi na grande tela, com a minha Mãe, e porque o redescobri quase três décadas depois com a minha filha Leonor (já o revi mais de uma dezena de vezes com a Leonor!).

Uma inspiração?

A minha Mãe. Que saudade.

Viagem de sonho?

Atravessar o coração dos Estados Unidos, seguindo sempre que possível pela mítica “U.S. Route 66”. Para descobrir com calma, durante pelo menos um mês, viajando de carro em família.

Sonho por cumprir?

Ver as minhas filhas a crescer saudáveis e que, de alguma forma, contribuam para um mundo melhor.