Alexandra Gonçalves lidera um projeto distinguido pelo programa Harvard Medical School Portugal

Não se deixem enganar pela designação “Sénior” que acompanha o nome da bolsa de investigação – no valor de 400 mil euros – atribuída recentemente a Alexandra Gonçalves no âmbito do programa Harvard Medical School Portugal. A investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) tem apenas 34 anos. Mas a sua carreira faz-nos crer ter mais.

Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, a jovem cardiologista fez o Internato complementar de Cardiologia no Hospital S. João, Porto, que concluiu com 19.9 valores. Realizou formação especializada em Imagem Cardíaca no Hospital Clínico San Carlos, Madrid onde foi reconhecida como membro honorário.

Em 2010 foi galardoada com a bolsa de investigação em ecocardiografia da Sociedade Europeia de Cardiologia e, no ano passado, concluiu, na FMUP, o Doutoramento Europeu em Medicina. As principais áreas dos seus trabalhos de investigação dizem respeito à imagem cardíaca, ecocardiografia 3D, doença valvular aórtica, prótese aórtica transcateter e insuficiência cardíaca.

Alexandra Gonçalves é ainda coautora de quatro livros de texto internacionais e de cerca de 30 publicações em revistas indexadas, fazendo jus ao seu objetivo de vida, que diz ser “aprender e transmitir conhecimento e entusiasmo aos que me rodeiam todos os dias”. Seja a ouvir os U2 ou a presentear-se com um bom prato de bacalhau, para a cardiologista e investigadora de Penafiel um tempo livre bem passado é possível através de passeios, viagens e convívio com família e amigos, não esquecendo a leitura de um bom romance.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Boa intercomunicação e abertura de espírito para inovação.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Ratio docente/discente; Burocracia.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Melhorar o trabalho de equipas multidisciplinares de forma a aumentar a competitividade Internacional. Melhorar o equilíbrio entre a atividade clinica e investigacional de acordo com o perfil dos médicos investigadores.

– Como prefere passar os tempos livres?

Em convívio com família e amigos; leitura de romances históricos e policiais; passear e viajar.

– Um livro preferido?

Entre muitos, um dos últimos que li, “O Anjo Branco” de José Rodrigues dos Santos.

– Um músico / disco preferido?

U2

– Um prato preferido?

Bacalhau, cozinhado de uma das 1001 formas em Portugal.

– Um filme preferido?

“A Vida é Bela”.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Realizada- Cidade do Cabo, África do Sul; Por realizar- Tailândia.

– Um objetivo de vida?

Poder aprender e transmitir conhecimento e entusiasmo aos que me rodeiam todos os dias.

– Uma inspiração?

A pessoa que me transmitiu maior entusiasmo e confiança para a investigação a par da seriedade e dedicação à actividade clínica, o meu mentor e orientador da tese de Doutoramento, o Prof José Zamorano.

– Uma ideia para promover a qualidade da investigação médica na U.Porto?

Aumentar as parcerias Internacionais com Centros de referência e integrar as metodologias de investigação clínica na prática clínica diária.