É alemã, mas logo aos 6 anos mudou-se para o Líbano. Agora vive no Porto. Tiana Holzhauer gosta de ser “uma cidadã do mundo”. Aos 21 anos e depois de ter ingressado no ensino superior na Alemanha, em Friburgo – onde fez um ano de Estudos Islâmicos e de Português e outro de Direito – Tiana decidiu fazer as malas e mudar-se para a Invicta, tendo acabado de ingressar na Universidade do Porto com uma média de 20 valores. Escolheu o curso de Relações Internacionais da Faculdade de Letras (FLUP) porque sempre teve “vontade de trabalhar no mundo da diplomacia”.
Esta não é a primeira vez de Tiana na Invicta. No dia em que completou 14 anos, recorda-se de ter passado o aniversário no avião a caminho do Porto. Voltou, para aqui morar e onde completou os 8.º e 9.º anos, na Escola Francesa do Porto. Aos 16 voltou para a cidade natal, em plena Floresta Negra. Em fevereiro deste ano decidiu voltar ao seu “Porto seguro”: inscreveu-se num curso de português na FLUP, onde viria a ser “caloira” sete meses depois.
Conta ter sido recebida de forma “calorosa” naquela que é agora a sua “nova casa”. Quando lhe perguntam qual o método para chegar ao sucesso, Tiana reconhece que é preciso “muito trabalho, muito esforço e muita dedicação”.
Naturalidade? Freiburg im Breisgau – Alemanha
Idade? 22 anos
– O que te atraiu na Universidade do Porto?
Vou ser sincera: a localização geográfica. O Porto é e sempre será, sem dúvida nenhuma, uma das cidades mais bonitas que eu conheço. E o facto da Universidade oferecer o curso de Línguas e Relações Internacionais, curso que infelizmente ainda não chegou à Universidade de Freiburg, obviamente também me incentivou fazer as malas.
– Qual a primeira impressão da Universidade?
Extremamente acolhedora. Trata-se do meu terceiro ingresso numa faculdade e nunca tinha vivenciado uma receção tão cordial, tão calorosa como na Universidade do Porto.
– Quais as expectativas para os anos que aí vêm?
Tenho a certeza de que serão anos de muito trabalho e de aprendizagem, tanto a nível académico como a nível pessoal, e espero poder explorá-los ao máximo afim de aperfeiçoar os meus conhecimentos linguísticos e de ser preparada para tudo o que a vida possa me reservar.
– Como prefere passar os tempos livres?
Fora, ao ar livre, de preferência com um bom livro entre as mãos (ou na mochila, pronto a ser lido a qualquer momento) e com boa companhia (tanto bípede como quadrúpede!). Gosto muito de caminhar e, como todas as pessoas genuinamente alemãs, de andar de bicicleta. Também adoro dedicar-me à escrita, apesar de não ter tido muito tempo até agora para o fazer.
– Um livro preferido?
Nachtzug nach Lissabon (“Comboio nocturno para Lisboa”), de Pascal Mercier.
– Um disco/músico preferido?
London Grammar.
– Um prato preferido?
Todos os pratos feitos pela minha mãe.
– Um filme preferido?
Tomo a liberdade de mencionar dois: „303“, de Hans Weingartner, e „Spy Game“, de Tony Scott.
– Uma viagem de sonho?
Todas as viagens que se passaram pela cabeça do meu pai e que ele não chegou a realizar.
– Um objetivo de sonho?
Só um? Então vai ter de ser encontrar o meu meio-termo aristotélico – se possível, com alguém. E ser feliz – não é o que queremos todos?
– Uma inspiração?
A simplicidade das palavras de Rupi Kaur.
– Um conselho para os novos estudantes da Universidade do Porto?
Não sou ninguém para dar conselhos, mas: Que tenham uma dose saudável de perseverança e ambição, mas que não se deixem avassalar pelos estudos. Porque a vida é mais, muito mais, do que só notas.