É especialista em segurança informática na Blip, mas foi através do seu hobby que ficou conhecido da comunidade de caçadores de bugs. Miguel Regala, 26 anos, antigo estudante da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), é conhecido no mundo online por Fisher e há muitos anos que se dedica à “caça ao bug”. Em janeiro anunciou ao mundo, via twitter, que tinha entrado no “Hall of Fame” da Google reservado aos caçadores de bugs. Oito dias depois entrava no top 25 dos investigadores de segurança do programa Cobalt, um dos mais conceituados na caça ao bug.

Licenciado em Engenharia Informática, Miguel Regala começou por trabalhar no CERN, num período de investigação. Mas a partir daí trabalhou sempre em questões de segurança, “na parte mais ofensiva, onde temos de ‘partir’ as coisas”, esclarece. Na Blip é Development Security Advisor, onde estuda continuamente os produtos com o objetivo de perceber e detetar onde podem existir falhas. Ao mesmo tempo tenta “manter uma relação muito próxima com os developers com os quais tento “evangelizar” os conceitos de segurança”.

Diz não ter ambições de ir parar a um dos gigantes da tecnologia e está a preparar-se para trabalhar por conta própria. Sobre o mundo atual, confessa que tudo é passível de ser hackeado uma vez que os sistemas são criados por humanos, o que os torna logo mais vulneráveis. E dicas de segurança para o utilizador comum não sofrer dissabores de maior? Miguel Regala enumera uma série de procedimentos que passam por: “manter backups regulares (e.g. usar algo do tipo Dropbox para os documentos mais importantes); utilizar um password manager para ter passwords diferentes para todos os sites e não ser preciso decorá-las. No caso de criar passwords, criar passwords longas em vez de serem crípticas (exemplo). Não usar informação real para os sistemas de recuperação de passwords (e.g. usar a data de nascimento para recuperar a password da sua conta do Gmail não é boa ideia, porque é algo que facilmente se descobre)”.

Idade? 26 anos

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

As ligações que tem com o resto do mundo académico, feito claro pela adesão do programa Erasmus.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Investir mais na formação e investigação (dar recursos e segurar o talento).

– Como prefere passar os tempos livres?

A mexer-me. A fazer surf, ou airsoft, ou escalada ou a estar no ginásio. Adoro fazer desporto.

– Um livro preferido?

The Name of The Wind, de Patrick Rothfuss

– Um disco/artista preferido?

The Lumineers

– Um prato preferido?

Pizza 🙂

– Um filme preferido?

“The Fellowship of the Ring”

– A viagem de sonho?

A que vou fazer em setembro, pela Ásia – Hong Kong, Macau, Koreia, Japão (…)

– Uma citação / lema de vida?

“Don’t wish it was easier, wish you were better” – Jim Rohn