Natural do Porto, Jorge Farinha é professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) desde 1987, ano em que se licenciou em Economia e recebeu o Prémio Fundação Eng. António de Almeida.

Com uma carreira de relevo fora da academia – desempenhou funções como analista financeiro na Companhia de Investimentos e Serviços Financeiros (1987-89), Diretor-adjunto no Departamento de Fusões e Aquisições do BPI (1990-93), membro não-executivo nos Conselhos de Administração da Martifer (2008-18) e da IFD-Instituição Financeira de Desenvolvimento (desde 2018) – tem também um percurso digno de registo na U.Porto, juntando à FEP a experiência na Porto Business School como Coordenador do Programa full-time MBA (2002-2015) e Vice-Presidente da Direção (2009-2015) da escola de negócios.

Atualmente, além de docente é também coordenador académico da rede internacional QTEM na FEP, que a Faculdade integra desde 2013. Trata-se de uma oportunidade de exposição internacional única para os estudantes dos mestrados lecionados em inglês e uma mais-valia para a internacionalização da FEP e da Universidade do Porto.

Pelo contributo que tem dado à rede, que junta universidades de referência de todo o mundo, grandes empresas internacionais e os melhores estudantes, Jorge Farinha foi recentemente convidado a integrar o QTEM Admission Committee, o grupo de trabalho responsável pela definição da estratégia global de expansão da rede, em particular a integração de novos parceiros académicos. Talvez também por isso, não hesita em afirmar que o projeto da sua vida profissional passa por “ajudar a elevar o impacto, prestígio e relevância nacional e internacional da U.Porto”.

Para dar a conhecer os benefícios da rede QTEM, a FEP vai promover uma sessão de apresentação, no dia 17 de maio, às 13h30, no auditório 631, que contará com a participação do Millennium BCP, Corporate Partner da rede QTEM, e com os testemunhos de estudantes e um Alumnus do QTEM. A sessão é aberta aos estudantes da faculdade e a todos os que estejam a pensar candidatar-se a um dos quatro mestrados lecionados em inglês.

Fora da vida profissional, Jorge Farinha gosta de viajar e de um bom livro para ler.

– Naturalidade? Porto

– Idade? 54

– Do que mais gosta na Universidade do Porto?

Certamente que são as pessoas. Tanto os meus colegas docentes como os alunos, alumni e os funcionários da UP, todos fazem parte de uma grande família muito unida no fundamental em torno de um conjunto de objetivos e de valores comuns e é esse espírito muito especial que tem feito desenvolver a UP.
Do que menos gosta na Universidade do Porto?
Evidentemente a burocracia e rigidez administrativa. Não que seja culpa das pessoas da UP, admito que seja algo inerente à sua natureza de instituição de ensino público. Seria bom que essa carga burocrática, por vezes destituída de grande sentido, pudesse ser aliviada! É por vezes exasperante o tempo desperdiçado com esse tipo de aspetos administrativos que poderia ser utilizado em algo bem mais produtivo!

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Duas pelo preço de uma: Internacionalizar e rejuvenescer o corpo docente.

– Como prefere passar os tempos livres?

Viajando sempre que possível em família, não abdicando de um forte elemento cultural/histórico nessa viagem e de um bom livro para ler.

– Um livro preferido?

Difícil a escolha, tenho muitos, especialmente do tipo romance histórico. Um lido recentemente e que me impressionou de uma forma muito especial foi Uma Coluna de Fogo de Ken Follett pelo detalhe riquíssimo de um período muito turbulento da história Europeia.

– Um disco/músico preferido?

Os Pink Floyd continuam a ser uma referência de que não me consigo fartar e que dificilmente alguém conseguirá ultrapassar.

– Um prato preferido?

Quando de boa qualidade, um bom bacalhau assado na brasa é para mim irresistível.

– Uma viagem de sonho?

Das que já fiz, a mais paradisíaca sem dúvida o Nordeste brasileiro. Mas a mais impactante foi decerto uma viagem à India.

– Um objetivo de vida?

Sentir que se deixará uma marca permanente na comunidade melhorando de alguma forma a vida de outras pessoas em resultado das nossas ações.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

A sabedoria de Warren Buffett no meu domínio (Finanças) é algo que me foi sempre muito inspirador.

– O projeto da sua vida…

A nível pessoal: as minhas duas meninas! A nível profissional, ajudar a elevar o impacto, prestígio e relevância nacional e internacional da UP.

– De que forma a rede QTEM contribui para a internacionalização da FEP e da Universidade do Porto?

A rede QTEM, ainda que recente, tem um enorme contributo potencial para a internacionalização da FEP e da Universidade. Em primeiro lugar, porque agrega apenas escolas de economia e gestão da mais alta qualidade e reputação e provenientes de todos os continentes, o que é uma inegável fonte de prestígio. Segundo, porque junta a estas escolas um conjunto de empresas internacionais de renome, consubstanciando na prática a tão desejada e apregoada interligação entre os mundos académico e profissional. Em terceiro lugar porque se trata de um programa que apenas seleciona os melhores alunos das escolas da rede com um interesse em desenvolver os seus estudos em áreas de forte pendor quantitativo e analítico na Economia e Gestão. E essas são áreas que se afiguram das mais promissoras não só em termos de desenvolvimento de carreiras internacionais como de impacto e transformação da própria sociedade. Em quarto lugar, porque promove uma vivência dos alunos em três países e três escolas diferentes que certamente será muito enriquecedora para o desenvolvimento nestes de uma forte perspetiva internacional. Finalmente, porque se trata de uma rede gerida com grande profissionalismo e ambição e que se espera muito em breve vir a integrar os reputados rankings do Financial Times.