Não é natural do Porto, mas rendeu-se à cidade, considerando-a uma das mais belas do mundo. João Peças Lopes é investigador do INESC Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e docente na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), onde é Professor Catedrático, mas a sua ligação à Universidade do Porto começou em 1976, na Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e Computadores pela FEUP.
O trabalho dos últimos anos no domínio da integração de produção distribuída (incluindo microgeração) e veículos elétricos ligados sobre redes elétricas de distribuição de eletricidade garantiu, no passado mês de agosto, o “Special Award” do Study Committee C6 da CIGRÉ (International Council on Large Electric Systems) ao também diretor do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC Porto).
João Peças Lopes confessa-se orgulhoso da afirmação internacional conquistada pela Universidade do Porto e desafia-a a apostar em projetos mobilizadores e transversais que permitam o aumento da transferência de conhecimento para o tecido económico português.
Naturalidade
Pedrogão Pequeno, Concelho da Sertã.
De que mais gosta na Universidade do Porto?
De perceber que é uma escola que conseguiu crescer e afirmar-se em Portugal e internacionalmente pela qualidade do seu ensino, investigação e capacidade de transferência de Tecnologia. Tudo isto numa das mais belas cidades do mundo – o Porto.
De que menos gosta na Universidade do Porto?
Da excessiva burocracia com que nos últimos tempos nos massacram e que nos retira tempo para o nosso trabalho.
De que forma a Universidade do Porto pode estreitar as relações com os institutos de interface?
Pode fazê-lo agilizando o envolvimento dos docentes Universitários em projetos que permitam benefícios acrescidos para a Universidade e simultaneamente promovendo e apoiando projetos mobilizadores e transversais que permitam o aumento da transferência de conhecimento para o tecido económico português.
Como prefere passar os tempos livres?
Lendo, passeando a pé, ouvindo música.
Um livro preferido?
Tenho vários livros preferidos. Vou referir um recente:
“Se Isto é um Homem” de Primo Levi.
Um disco/artista preferido?
“A trick of the Tail” – Genesis / “Concerto nº 9 – La Stravaganza” – Verdi.
Um prato preferido?
Gosto da comida tradicional portuguesa, como bacalhau à brás, com natas, com broa, etc., e de quase todo o tipo de peixe grelhado (peixe espada, cherne, besugo, etc). Mas também de carne, como um bom cozido à portuguesa.
Um filme preferido?
Houve vários filmes de que gostei muito. Dos que mais me marcaram recordo-me de “Momentos de Glória” de Hugh Hudson, “Reds” de Warren Beatty e “Tout une Vie” de Claude Lelouch.
Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?
Gosto muito do Brasil, vou lá sempre a correr para congressos ou para trabalhar. Espero poder lá voltar com tempo para passear apenas. Também gostaria de poder voltar com a tempo a Florença.
Um objetivo de vida?
Não tenho um objectivo. Tenho antes vários que vou definindo em cada período da vida e procurando alcançá-los.
Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)
Às vezes “Cidadela” de Saint-Exupéry.