Homem de família assumido, que tem nos seus pais a maior inspiração, João Claro continua a alimentar um sonho de criança: viajar no espaço. Todos os dias acorda com o objetivo de transformar o mundo num lugar melhor e sonha fazer uma descoberta que mude a forma como o Homem encara o Universo.

João Claro divide o seu tempo entre a liderança do Programa Carnegie Mellon Portugal, para a qual foi nomeado recentemente, a coordenação de uma Unidade no INESC TEC e a docência na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e na Porto Business School. É a partir dessa experiência que diz que gostaria que houvesse uma maior interdisciplinaridade no universo U.Porto assumindo que os institutos de interface têm condições especiais para potenciar este trabalho.

– Naturalidade?

Porto.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Das pessoas com quem tenho tido oportunidade de trabalhar, que concretizam no dia a dia, com uma enorme dedicação, a missão da Universidade.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Podemos aproximar mais as diferentes escolas e saberes.

– De que forma a Universidade do Porto pode estreitar as relações com os institutos de interface?

Os institutos têm condições especiais para o trabalho interdisciplinar, para a articulação estreita entre investigação, desenvolvimento e inovação, e portanto para trabalhar no interface com as empresas ou a administração pública em problemas reais e complexos. A exploração destas capacidades específicas nas áreas da formação, da investigação e da valorização do conhecimento, é um contributo muito relevante para o cumprimento da missão da Universidade.

– Como prefere passar os tempos livres?

Estar com a família.

– Um livro preferido?

Poesia Vertical, de Roberto Juarroz.

– Um disco/artista preferido?

Passio, de Arvo Part.

– Um prato preferido?

Presunto, queijo da serra e vinho.

 – Um filme preferido?

Através das Oliveiras, de Abbas Kiarostami.

 – Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Ao espaço, desde criança.

 – Um objetivo de vida?

Fazer do mundo um lugar melhor.

 – Uma inspiração?

Os meus pais, pela sua incondicional dedicação à família e à comunidade.

– Uma descoberta que gostasse de fazer?

Uma daquelas descobertas que alteram o nosso entendimento do universo, daquelas que vão fazer com que no ano 3000 se olhe para o ano 2000 e se pergunte “Mas como é que podiam achar que o mundo era assim?”.